Odisseia Nacional do D. Maria II passa por Idanha-a-Nova
A Odisseia Nacional do Teatro Nacional D. Maria II está em Idanha-a-Nova até ao próximo sábado, 29 de abril.
Inaugurado a 13 de abril de 1846, o Teatro Nacional D. Maria II (TNDM II) vai ser alvo de obras de recuperação ao longo deste ano. Assim, o desenvolvimento do projeto artístico e cultural do TNDM II para este ano assenta numa programação difundida por todo o território nacional e, em concreto, no Concelho de Idanha-a-Nova, onde se concretizam dois dos eixos programáticos da Odisseia Nacional: o Programa Peças, com a apresentação de Nau Nau Maria, no Centro Cultural Raiano, na próxima sexta-feira, 28 de abril, às 21h30; e o Programa Atos, que lança diversos desafios à participação da comunidade, durante a semana.
Nau Nau Maria, uma criação de Alice Azevedo, que também dirige o espetáculo, parte da adaptação da História Trágico-Marítima e propõe-se como uma viagem atribulada por esta que foi a mais magna desventura portuguesa. Com interpretação de Cire Ndiaye e João Nunes Monteiro e dramaturgia de Alice Azevedo, Cristina Carvalhal e Leonor Buescu, a peça, uma produção da Causas Comuns, é apresentada no âmbito do Próxima Cena, uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II, do BPI e da Fundação la Caixa.
No final do espetáculo, Alice Azevedo e Luís Sousa Ferreira, da direção artística do Teatro Nacional D. Maria II, conversam com o público. A entrada é gratuita, limitada à lotação da sala, mediante reserva de bilhete através do telefone 277202900 (chamada para a rede fixa nacional).
O Programa Atos, uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II e da Fundação Calouste Gulbenkian, ganha corpo com a realização de O caminho para Terminal (O Estado do Mundo), que consiste numa profunda pesquisa ao longo do ano de 2023, sobre as dimensões da geopolítica, da economia, da sociologia ou da demografia, sob a perspetiva de como a crise climática afeta a compreensão que se tem do Mundo. Explorando diferentes tipos de formatos, este projeto concebido e dirigido por Inês Barahona e Miguel Fragata, da Formiga Atómica, expõe o que une as pessoas neste frágil momento em que tudo parece estar em jogo.
Assim, até ao próximo sábado, 29 de abril, contribuindo para a pesquisa em curso, a comunidade de Idanha‑a-Nova será desafiada a participar ou interagir em peças de teatro de pequeno porte em espaços públicos não convencionais, numa emissão radiofónica; num filme documental, que será apresentado no próximo sábado, 29 de abril, no Centro Cultural Raiano, às 18 horas; numa conversa sobre sustentabilidade e as escolhas individuais e ainda num estudo sociológico.