O Centro Local da Beira Interior da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) tem, desde segunda-feira, novas instalações em Castelo Branco. Assim, a partir de agora, a ACT está instalada numa vivenda localizada na Avenida de Nuno Álvares, que foi comprada pela Câmara, que também a recuperou, com a finalidade de a ceder para acolher este serviço.
Um passo que é considerado importante pelo inspetor-geral da ACT, Pedro Pimenta Braz, que começou por afirmar que “nestes dias difíceis é bom ter uma boa notícia”, pelo que quis “agradecer publicamente ao presidente da Câmara estas instalações”.
Recorde-se que até agora, as instalações da ACT em Castelo Branco estavam divididas por dois prédios de habitação, na Rua Rei D. Dinis e na Avenida General Humberto Delgado, pelo que Pedro Pimenta Braz realça “o privilégio de ter instalações destas, nas condições em que é um exemplo de um serviço público de uma autarquia às suas populações”.
Por isso o inspetor-geral da ACT faz questão de “sublinhar este passo em frente, bem como o suporte que a Câmara dá à ACT”, uma vez que “nos vai permitir continuar com uma estratégia de otimização do nosso orçamento e também garantir a presença junto das populações”.
Uma matéria em que à margem da cerimónia destaca que “havia grande vontade de ter a ACT com boas condições e a vontade de garantir que a ACT ficava em Castelo Branco”.
Pedro Pimenta Braz relembra que no País existem 32 serviços descentrados da ACT e que está a ser feita uma reestruturação, pelo que “a probabilidade da ACT levantar ferro seria muito elevada, e como não temos portaria, não se sabia sequer onde ficaria a mais próxima”.
Agora, com as novas instalações cedidas pela Câmara, assegura que “temos argumentos para dizer que Cas- telo Branco não tem qualquer justificação para fechar, porque tirando a água e a luz não é gasto nada”. Ou seja, a solução encontrada “permite poupar dinheiro ao erário público”, mas é também “uma âncora” para a ACT continuar em Castelo Branco.

Resposta “à sangria
de serviços”
O presidente da Câmara de Castelo Branco, Joaquim Morão, afirma que “aquilo que fizemos foi arranjar condições para a ACT ser alojada condignamente, porque estava mal instalada, em vários locais da cidade”
Destaca também que este é o modo de responder “à sangria de serviços que o Estado quer fazer” e garante que a Câmara, “com estas iniciativas, resolve vários problemas”.
Joaquim Morão relembra que a autarquia “é dona de vários imóveis que recuperamos, nos quais instalamos serviços públicos. Quando o Governo pretende encerrar vários serviços, nós resolvemos o problema e, assim, o Estado deixa de pagar renda e deixa de ter o pretexto que encerram por causa dos custos”.
Esse, no entanto, não é o único aspeto positivo, uma vez que, “ao mesmo tempo, recuperamos imóveis degradados e damos outra imagem à cidade”.
É o que tem estado a acontecer com as vivendas localizadas na Avenida Nuno Álvares, onde a Câmara já adquiriu cinco, sendo que três delas “já as recuperamos”, referindo-se àquelas que acolhem os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS), o Posto de Turismo e, agora, a ACT, acrescentando que “temos mais duas que também serão recuperadas e onde serão instalados serviços”, sem no entanto revelar quais, limitando-se a afirmar que “temos várias solicitações”.
Por seu lado, a diretora do Centro Local da Beira Interior da ACT, Corina Farias, afirma que as novas instalações eram “um anseio esperado há imenso tempo”.
Recorda que “estou cá há 10 anos e a batalha foi sempre encontrar uma solução para os funcionários e para quem se desloca à ACT”.
Além disso acrescenta que com as novas instalações “as pessoas têm uma motivação diferente, pelo que é uma mais valia, a partir do momento que existe uma motivação acrescida” e conclui que a finalidade “é proporcionarmos bons serviços”.

António Tavares

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