SINDICATO DOS PROFESSORES DA REGIÃO CENTRO DENUNCIA SITUAÇÃO
Porque fecha a Escola da Horta D’Alva e reabre a do Matadouro
A Direção Distrital de Castelo Branco do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC), em comunicado enviado à Comunicação Social, veio denunciar que em Castelo Branco, os “alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico da Horta D’Alva foram transferidos para a escola do 1º Ciclo do Matadouro, que estava encerrada por falta de condições há vários anos”.
Para o Sindicato este é “o estranho caso de uma escola que reabre, para receber alunos de uma escola que injustificadamente é encerrada”.
Acrescenta que “depois de há alguns anos encerrada, alegadamente por não reunir as condições mínimas de funcionamento, a escola do 1º Ciclo do Matadouro, em Castelo Branco, voltou a receber alunos. Sem que nada o fizesse supor, o início do 2º período foi marcado pelo regresso a esta escola, de um grupo de cerca de vinte alunos, na sua maioria de etnia cigana”, destacando que “estes alunos frequentavam, até dezembro, a Escola da Horta d´Alva que agora fica vazia”.
Escola que, é salientado, “tinha sido intervencionada não há muito tempo e reunia, ao que se sabe, as condições necessárias para albergar quatro turmas”.
Face a tudo isto, o Sindicato sublinha ainda que “é estranho que haja alterações da rede escolar, com o ano letivo a decorrer, sem aparentes motivos que o justifiquem, bem como é de estranhar que se reabra uma escola sem condições para encerrar outra, que está pleno e normal em funcionamento. Recorde-se que a Escola do Matadouro foi encerrada por manifesta falta de condições aquando da construção do Centro Escolar na EBI Escola Cidade de Castelo Branco”.
Por tudo isto, para o Sindicato ficam várias perguntas, como “de quem será a responsabilidade desta alteração da rede escolar no decurso do ano letivo e de forma tão inesperada”, questionando se “será da responsabilidade do novo presidente da Comissão Administrativa Provisória do Agrupamento de Escolas Nuno Álvares? Terá o aval da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares, dirigida pelo albicastrense José Alberto Duarte? E a Câmara Municipal de Castelo Branco? Qual o seu grau de envolvimento?”.
Outra questão levantada é “por que razão estes alunos foram agora deslocados para uma escola que antes não reunia condições de funcionamento para outros?”, bem como se “foram ouvidos e salvaguardados os interesses e direitos dos alunos, pais, professores e assistentes operacionais?”.
Mas não só, uma vez que também é questionado “que destino será dado às instalações da Escola da Horta d´Alva, agora encerrada a cadeado e sem alunos?” e “qual o objetivo destas alterações? Quais as vantagens e para quem?”.
No comunicado o Sindicato também “manifesta a sua estranheza e apreensão por esta ocorrência e pela sua alegada falta de justificação. Reafirma ainda a sua disponibilidade para, em conjunto com a comunidade educativa, desencadear ações que sejam entendidas como necessárias e/ou oportunas, em defesa da estabilidade do processo educativo para alunos, para pessoal docente e não docente e pela salvaguarda da matriz da Escola Pública e da igualdade de oportunidades, que podem estar a ser postas em causa”.
O presidente da Comissão Administrativa Provisória (CAP) do Agrupamento de Escolas Nuno Álvares, António Carvalho, afirma que o processo decorreu em articulação com a Câmara, os pais e encarregados de educação”, face ao que “foi feita a mudança”, sendo que “as instalações estão em condições de recber os alunos e os pais sabem disso”.
António Carvalho acrescenta que esta é “uma mudança provisória”, uma vez que a Escola da Horta D’Alva “vai ser intervencionada”, o que terá lugar até final do ano.
AT