15 outubro 2014

ELEIÇÕES PARA A MISERICÓRDIA DE CASTELO BRANCO
António Augusto apresenta projetos

António Augusto, que atualmente é o coordenador da Região Sindical Regional de Castelo Branco, do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, é um dos dois candidatos conhecidos até ao momento, à provedoria da Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco, nas eleições que se realizarão em meados do mês de novembro.
O candidato a provedor adianta à Gazeta que decidiu avançar, porque já o tinha feito há três anos atrás, só que, nessa altura, afirma, “por ter encontrado uma forma de resistência à apresentação de elementos básicos para formalizar a candidatura, não consegui avançar”.
Algo que não acontece desta vez e como grandes ideias da sua candidatura aponta o “saber ouvir, saber unir e saber evoluir”.
No primeiro caso a ideia “é saber ouvir propostas, queixas, projetos diferentes, para melhorar a instituição”, enquanto em relação ao saber unir se refere “a trabalhadores, utentes e órgãos diretores, que têm que estar sempre sintonizados”, reforçando que “não pode haver discórdia”.
Quanto ao saber evoluir refere que “o que é hoje, não é amanhã e, por isso, temos que estar atentos ao reforço das relações intercomunitárias locais”, apontando no sentido da “melhoria do nível motivacional, de modo a promover melhores condições de vida aos utentes”, bem como a “realização de visitas, para integrar os utentes em novas experiências” e “a alteração do modelo do modus vivendi diário e torná-lo mais saudável para utentes e funcionários”. Tudo isto, sem esquecer a “realização de ações onde seja reforçado o espírito de família” e a “criação do programa Dar e Receber, em colaboração com o Banco Alimentar e a Cáritas Diocesana, de forma a ajudar as famílias carenciadas”.
Para já avança apenas com o seu nome e afirma que “os outros elementos da lista serão divulgados, a seu tempo”, até porque, de acordo com o que está estipulado, “a lista definitiva tem que ser apresentada até oito dias antes da eleição”.
António Augusto realça que “não somos uma candidatura de represálias. Assenta na união e na convergência”, ao defender que “trabalhadores, utentes e órgãos dirigentes têm que estar todos unidos” e acrescenta que “somos pelo aproveitamento das potencialidades dos recursos humanos existentes”.
Neste enquadramento assegura que “os trabalhadores da Misericórdia não podem ser um problema da instituição”, classificando-os como “um pilar humano muito importante, para poder alcançar o objetivo da instituição, que é praticar serviços às reais necessidades da população, no caso particular os idosos, promovendo a qualidade de vida, física e mental a quem necessita”.

Os projetos
em mente
Caso seja eleito provedor, António Augusto apresenta como um dos principais projetos a criação de “um bloco de cirurgia tipo ambulatório, mas com internamento”, garantindo que “há espaço físico e também temos recursos humanos”, referindo-se “a novos irmãos que são médicos cirurgiões”.
A isto junta a criação das alas de Alzheimer e de Parkinson.
António Augusto acrescenta que outro “objetivo prioritário” passa por “cuidar do bem estar e qualidade de vida dos utentes, para tranquilizar os seus familiares”, garantindo que “entendemos que os valores sociais devem estar identificados com os princípios fundamentais previstos nos compromissos e nas 14 obras da Misericórdia”.
Pelo meio fala ainda num “estreitamento e forte ligação à Dioceses de Portalegre e Castelo Branco”, sendo que essa ligação será assegurada por “um diácono, que é um dos novos irmãos”.
Sempre com a união como pano de fundo, afirma que “se sair vencedor, todos terão lugar no nosso projeto, incluindo as pessoas boas e válidas da lista concorrente”, porque “não queremos divisões, queremos união e força humana, porque todos não somos de mais”.
António Augusto garante também que a ser eleito provedor se dedicará em “exclusividade” ao cargo, referindo que as eleições “são em novembro, a tomada de posse será em janeiro do próximo ano. O meu mandato no Sindicato termina em março de 2015 e, por isso, será muito fácil encontrar um bancário que me substitua”, tanto mais que “tenho confiança nos dois colegas do secretariado”.

Angariados cerca
de 100 novos irmãos
António Augusto revela que já angariou cerca de 100 novos irmãos para a misericórdia albicastrense, mas denuncia, que “foram aprovados, mas foi-me dito que só serão admitidos após cerimónia adequada, depois das eleições”.
Motivo que o leva a denunciar que “esta medida nunca foi aplicada em 500 anos de história da Misericórdia. Ou seja, temos aqui dois pesos e duas medidas”, sublinhando que “o processo se arrasta desde setembro. Já escrevi duas cartas ao provedor, mas ainda não obtive resposta”.
Tudo isto leva-o a referir que isto “é antidemocrático. É uma engenharia eleitoral que não se vê na prática religiosa”.
Aponta ainda o dedo, ao afirmar que na lista opositora “há irmãos com dois ou mais mandatos”, o que o leva a questionar “se não há pessoas, ou será para pessoas que se querem perpetuar no poder”.
Matéria em que realça que “em 500 anos de história da Misericórdia é a primeira vez que há duas listas concorrentes”, algo que considera “positivo”, porque “a irmandade tem o direito de escolher os seus dirigentes”.

15/10/2014
 

Outros Artigos

Em Agenda

 
29/05 a 12/10
Castanheira Retrospetiva Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco
02/08 a 26/10
Barro e AlmaMuseu Francisco Tavares Proença Júnior, Castelo Branco
06/08 a 14/09
O Vestido da minha vidaGaleria Municipal de Oleiros
06/08 a 30/08
Quando a Luz do Teu Corpo Me CegaSociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa

Gala Troféu Gazeta Atletismo 2023

Castelo Branco nos Açores

Video