7 maio 2014

Debate sobre o Regadio da Cova da Beira junta autarcas
Regadio da Cova da Beira chegou com 50 anos de atraso

O presidente da Câmara do Fundão afirmou sábado que o Regadio da Cova da Beira chegou com um atraso de 50 anos, apesar de o considerar como o maior investimento público feito na Região.
“O Regadio chegou com mais de 50 anos de atraso daquilo que era o ideário de termos aqui esta infraestrutura”, disse Paulo Fernandes.
O autarca falava durante um debate sobre o Regadio da Cova da Beira, promovido pela Rádio Cova da Beira (RCB), em Salgueiro, no Concelho do Fundão.
“Falar do Regadio para a Câmara do Fundão, é falar daquilo que de mais importante temos para a criação de riqueza” na Região, pois trata-se do “investimento público mais significativo que aqui foi feito”, com mais de 300 milhões de euros de investimento.
Paulo Fernandes sublinhou ainda que “estamos perante um quadro enorme de oportunidades”, mas recorda que o distanciamento entre o início e o fim da sua construção, “já está a criar alguns problemas de manutenção”, sobretudo nos primeiros blocos construídos.
O autarca deixou um desafio em cima da mesa para que seja criada uma associação de desenvolvimento para o Regadio da Cova da Beira e apelou à união de todos os municípios que são abrangidos pela infraestrutura.
Por seu turno, o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, levantou um dos grandes problemas que continua a afetar o Regadio e que diz respeito ao emparcelamento.
Vítor Pereira realçou que na área abrangida pelo regadio, “75 por cento das explorações possuem uma área inferior a três hectares e ocupam cerca de 22 por cento da superfície agrícola utilizada”.
O autarca referiu que a dispersão parcelar e os terrenos para atividade agrícola disponíveis são insuficientes e neste âmbito, sublinhou que o Estado tem um papel importante a desempenhar”, nomeadamente, na “criação de bolsas de terras”.
Por seu turno, o presidente da Câmara de Belmonte, António Dias Rocha, também apelou à união de todos em torno do Regadio e sublinhou que “se há uma classe representativa na Região, são os agricultores”.
António Dias Rocha avançou que o Regadio “tem de ser uma esperança de vida” e recordou que no seu concelho, na zona de Colmeal da Torre, existem 180 hectares de terreno que “têm que ter regadio”, sublinhando que “temos condições e a obrigação de alargar o Regadio”.
Já o presidente da Câmara de Penamacor, António Luís Beites, falou da falta de organização e disse mesmo que “nunca foi possível estabelecer uma estratégia entre todos para a Cova da Beira. Temos que nos sentar à mesa e estabelecer uma estratégia para a Região”.
António Luís Beites recordou que “o potencial está cá instalado. Já muito se falou do Regadio da Cova da Beira e estas iniciativas são de louvar, mas têm que ser consequentes”, referiu.
O Regadio da Cova da Beira representa um investimento global de cerca de 322 milhões de euros, abrangendo 12.360 hectares de terrenos.

07/05/2014
 

Em Agenda

 
29/05 a 12/10
Castanheira Retrospetiva Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco
02/08 a 26/10
Barro e AlmaMuseu Francisco Tavares Proença Júnior, Castelo Branco
01/10 a 09/10
Dia Internacional do IdosoConcelho de Penamacor
02/10 a 22/10
Aguarda ReferendoFundão e Castelo Branco
04/10
Dois dias para além do tempoCine-Teatro Avenida, Castelo Branco
07/10 a 11/10
Receção ao Caloiro Campus da Talagueira, Castelo Branco

Gala Troféus Gazeta Atletismo 2024

Castelo Branco nos Açores

Video