ASSEMBLEIA MUNICIPAL
Hospital volta a animar discussão
O Hospital Amato Lusitano (HAL), de Castelo Branco, esteve uma vez mais no centro das atenções na Assembleia Municipal realizada sexta-feira.
O tema foi inicialmente abordado por Ana Rita Calmeiro, da bancada do Partido Social Democrata (PSD), que começou por referir, entre outros pontos, que se por exemplo “se um de nós tiver um enfarte não pode recorrer ao HAL”.
Tudo, para adiantar que “abrem-se concurso mas não concorrem médicos”, considerando que essa “é uma situação preocupante, porque as vagas ficam por preencher”.
Ana Rita Calmeiro referiu-se também à Portaria 82/2014, para garantir que “não retira um único serviço ao Hospital, Permite abrir serviços”.
Por outro lado, defendeu que “é preciso articular os três hospitais (Castelo Branco, Covilhã e Guarda), porque os serviços não podem estar nos três hospitais”, sublinhando mesmo que “nunca estiveram”.
Quanto à polémica em torno do encerramento da Maternidade, a social democrata avançou que “não é este Governo que a quer fechar. Isso vem do tempo do engenheiro José Sócrates” e reforçou que “a realidade é que abrem vagas e não há quem concorra”.
Ana Rita Calmeiro, sobre este tema, fez um elogio ao presidente da Câmara, Luís Correia, pelo trabalho que tem desenvolvido, não perdendo a oportunidade, por outro lado, de criticar os órgãos de Comunicação Social, pelas notícias vindas a público.
Na resposta, Leopoldo Rodrigues, da bancada do Partido Socialista (PS), revelou estar “preocupado”, mas “há que admitir que é difícil trazer médicos para Castelo Branco. Isso é uma realidade”.
Leopoldo Rodrigues afirma que “cabe aos decisores políticos resolver os problemas”, e não deixou contra-atacar, ao recordar que o PSD “atacou Luís Correia, quando era presidente da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB)”. Isto enquanto nas criticas dirigidas aos órgãos de Comunicação Social, ripostou, ao sair em defesa destes, porque só estão a cumprir a sua missão, que é informar.
Também na resposta à social democrata, Luís Correia, acerca da Portaria 82/2014, relembrou que “esta não é a primeira classificação” dos serviços hospitalares que é feita, bem como para defender que “um serviço, mesmo que tenha só um médico é um serviço”, considerando que é melhor assim que não ter nada.
Luís Correia, ainda sobre a Portaria 82/2014, sublinhou igualmente que “esta lei não fecha serviços, mas permite o encerramento de serviços”, para finalizar, noutra área, que “somos contra o Centro Hospitalar da Beira Interior”. Tudo, porque para esta união dos três hospitais Castelo Branco sairia prejudicado, uma vez que tanto a Covilhã, como a Guarda, têm instalações novas.