O presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, mostrou-se satisfeito com a classificação, na passada sexta-feira, da vila como Cidade da Música no âmbito da rede de Cidades Criativas da UNESCO.
“Sentimo-nos muito honrados com esta decisão. Este é o reconhecimento da cultura de Idanha-a-Nova e do investimento que temos feito nesta área”, referiu o autarca.
Armindo Jacinto disse ainda que esta classificação da vila vai trazer desenvolvimento para o Concelho e “vem confirmar que apresentamos uma candidatura com argumentos muito fortes, mesmo sendo Idanha-a-Nova uma vila e não uma cidade”.
A Câmara de Idanha-a-Nova preparou durante um ano e meio a candidatura, que teve o envolvimento de diversos intervenientes nacionais e internacionais como o Governo Português, a Associação Portuguesa de Educação Musical, o Sindicato dos Músicos, dos Profissionais do Espetáculo e do Audiovisual, a Comissão Portuguesa da UNESCO e várias cidades que já têm o título de Cidade da Música, com destaque para Mannheim, Bolonha, Sevilha e Hamamatsu.
O objetivo desta rede de cidades é promover o desenvolvimento social, económico e cultural destas comunidades, tendo por base as indústrias criativas.
Entretanto, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, enviou uma mensagem de felicitações às vilas de Idanha-a-Nova e de Óbidos depois da designação pela UNESCO de Cidade Criativa.
“Foi com muita satisfação que tomei conhecimento da inclusão pela UNESCO das vilas de Idanha-a-Nova e de Óbidos na lista das Cidades Criativas, a primeira na categoria de vila da música e a segunda na categoria de vida literária.
Na mensagem enviada, o chefe de Estado refere que ao inscrever estas duas vilas entre as povoações que, em todo o Mundo, se distinguem pela sua criatividade nos vários domínios da cultura, a UNESCO está a premiar não só o valor intrínseco do património e das atividades culturais regularmente promovidas em Óbidos e em Idanha-a-Nova, como também o trabalho e o empenho dos seus habitantes, em particular dos seus autarcas, na defesa da sua identidade.
“As populações destas vilas estão de parabéns, assim como todos os que, de algum modo, contribuíram para o sucesso das candidaturas, designadamente aqueles que, ao longo de anos, têm apostado em iniciativas culturais onde a inovação se conjuga com a fidelidade às raízes e a cultura erudita se alia às tradições locais”, lê-se no documento.
Cavaco Silva adianta ainda que com o sucesso destas candidaturas, o património material e imaterial de Idanha-a-Nova e de Óbidos ganharão, por certo, uma outra projeção, tanto internamente como no estrangeiro, consagrando assim a visão e consistência das apostas feitas pelos responsáveis locais em prol das suas comunidades.

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