2 de setembro de 2015

Campo Arqueológico de Proença-a-Nova
Novas tecnologias são aplicadas ao trabalho arqueológico

As escavações no Campo Arqueológico de Proença-a-Nova (CAPN) ficaram marcadas, este ano, pela introdução de algumas inovações no trabalho arqueológico de campo, com o recurso a novas tecnologias.
“Referimo-nos ao registo, integralmente digital, dos dados obtidos em campo através de uma plataforma on-line e à substituição dos desenhos de campo, até aqui feitos à vista, por registo fotogramétrico tridimensional”, explicou sexta-feira, o arqueólogo João Caninas.
Este responsável, que falava durante uma conferência de Imprensa para fazer o balanço dos trabalhos desenvolvidos na campanha de 2015, adiantou que estas inovações têm a vantagem de permitir acelerar o ritmo da escavação arqueológica e de facilitar a edição de relatórios e de aumentar a possibilidade de relacionar e representar os dados armazenados em suporte digital.
Os trabalhos revelaram ainda técnicas de construção em sepulturas megalíticas até agora desconhecidas, com recurso a argamassa.
“Temos aqui uma construção completa que combina argilas com vários tipos de composição e estruturas em pedra. Podemos estar perante o protótipo do primeiro muro de dois paramentos e enchimento interno, o que mais tarde, no Calcolítico surge em povoados fortificados”, disse João Caninas.
Contudo, o arqueólogo esclareceu que é preciso aguardar pelos resultados laboratoriais finais dos materiais encontrados na mamoa do Cabeço da Anta.
As escavações arqueológicas, que decorreram entre os dias 3 e 29 de agosto, concentraram-se em duas sepulturas megalíticas situada nas Moitas (Cimo do Vale de Alvito e Cabeço da Anta), num recinto murado, provavelmente da Idade do Bronze, situado na Serra das Talhadas (Chão do Galego) e no Forte das Baterias (Catraia Fundeira).
Na quarta edição do CAPN, criado em 2012, participam sete arqueólogos e alunos de arqueologia oriundos das universidades do Porto, Coimbra, Lisboa, Faro e da Universidade de Alcalá de Henares, de Espanha, e Beijing Language and Culture University, da China.
A campanha de 2015 incluiu ainda um programa de conferências com temas variados e oradores oriundos de diversos pontos do País.
O campo arqueológico de Proença-a-Nova é organizado pela Associação de Estudo do Alto Tejo e pela Câmara de Proença-a-Nova e conta entre os seus parceiros com universidades portuguesas e espanholas, centros de investigação, empresas privadas, Geopark Naturtejo e ainda com a participação singular de diversos investigadores.

02/09/2015
 

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