21 de setembro de 2016

Escola de Monsanto reabre as portas dois anos após ter sido encerrada
“Este é um ato simbólico para Idanha e para o País”

A Escola Básica de Monsanto reabriu quinta-feira, depois de ter estado encerrada durante dois anos, por decisão do anterior Governo.
“É para mim um dia muito emocionante, porque acompanhei a luta do vosso presidente da Câmara e a escola reabre hoje, porque houve um homem que teve um sonho, lutou por ele e realizou-o”, afirmou o coordenador-adjunto da Unidade de Missão para a Valorização do Interior (UMVI), João Paulo Catarino.
Este responsável, que se deslocou a Monsanto, para presidir à cerimónia de reabertura da escola local, classificou este ato como “simbólico para Idanha-a-Nova e para todo o País”.
“Dois anos depois, o sonho torna-se realidade para Monsanto, para Idanha-a-Nova e para o Armindo Jacinto. É o princípio da esperança. O que queremos é que volte a acontecer isto em muitos concelhos do Interior”, sublinhou.
Disse ainda que após seis meses de trabalho na UMVI, criada pelo atual Governo, tem uma certeza: “A decisão política quanto mais próxima estiver dos seus destinatários, mais justa é”.
E, indiretamente, criticou a decisão que o anterior Governo tomou em 2014, de encerrar este estabelecimento de ensino: “Não ter sensibilidade para o que representam estas crianças também é uma falta de bom senso muito grande”.
O coordenador-adjunto da UMVI reforçou a ideia de que existe uma “assimetria brutal” entre o Interior e o Litoral do País e adiantou que são precisas medidas concretas para alterar a situação.
“Hoje, somos dois países (Interior e Litoral) completamente distintos. Temos que trabalhar para corrigir as assimetrias”, sustentou. O Complexo Escolar de Monsanto, agora designado como Escola Básica de Monsanto e Idanha-a-Nova, abriu as portas com 19 crianças que vão frequentar o 1º Ciclo do Ensino Básico e 12 o Pré-Escolar.
Em 2014, quando o Governo decidiu encerrar este estabelecimento de ensino, havia sete crianças a frequentar o 1º Ciclo do Ensino Básico.
Já o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, classificou a reabertura do estabelecimento de ensino como um ato de “investimento e o acreditar nos territórios de baixa densidade”.
“Os pais sempre quiseram que os meninos ficassem na sua terra. A escola reabriu, não porque tenhamos metido uma cunha, foi porque temos um concelho a crescer em termos económicos e é isto que faz com que haja aqui famílias a fixarem-se e só o fazem se tiverem [serviços] de qualidade na educação, saúde e emprego”, disse. O autarca sublinhou também que atualmente o Concelho de Idanha-a-Nova tem uma rede de apoio à educação que começa nos berçários e termina no Ensino Superior. “A educação, para nós, é prioritária e fundamental. Se queremos inverter o processo de desertificação temos que investir nas pessoas e na educação. É isto que Idanha está a fazer”, concluiu.


22/09/2016
 

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