5 de outubro de 2016

Na biblioteca da escola secundária Nuno Álvares
Monárquicos recordam Rainha D. Amélia

O Movimento Monárquico de Castelo Branco, com o apoio do Agrupamento de Escolas Nuno Álvares, organizou, dia 28 de setembro, na biblioteca da Escola Secundária Nuno Álvares, uma palestra dedicada à Rainha D. Amélia, que teve como oradora Maria de Lurdes Teixeira.
Na iniciativa, que contou com a presença do diretor do Agrupamento de Escolas Nuno Álvares, António Carvalho, de António Arnel Afonso, do Movimento Monárquico de Castelo Branco, e do presidente da Juventude Monárquica, Rui Mateus, Maria de Lurdes Teixeira referiu que em Portugal as rainhas, ao longo dos séculos, foram exemplos de coragem, figuras relevantes e em prol da paz do povo. Acerca da Rainha D. Amélia tem-se escrito bastante, como Leitão de Barros, no seu livro de registos pessoais. A Rainha faria 161 anos em 28 de setembro, data comum ao Rei D. Carlos pela data de nascimento.
Educada com rigor e exigência, não só falava diversas línguas, como gostava de História. praticava equitação, gostava de Arte e era muito religiosa.
Filha mais velha de Luís Filipe, Conde de Paris, era legítima candidata ao trono de França. Casou com o Rei D. Carlos em 22 de maio de 1886, em regime de bens adquiridos. Foi o maior casamento real do Século XIX. O casamento esteve marcado por diversos aspetos como, por exemplo, ter pisado solo português com o pé esquerdo. Estes acontecimentos talvez a tivessem levado a pensar que a sua vida seria infeliz. Estabeleceu sólida amizade com o movimento literário Os vencidos da Vida. Subiu ao trono em 1889, três anos após o Mapa Cor-de-Rosa. O ultimato inglês acabou com o sonho de Portugal de implementar esse Mapa, com a ameaça de guerra eminente. O Rei D. Carlos devolveu a Inglaterra as suas condecorações.
O reinado foi marcado pelo fim da Casa Real. No contexto da crise, em 1891, foram feitas muitas prisões. A carbonária juntou-se à crise que durou 24 anos. Portugal foi pioneiro na abolição da escravatura e pena de morte. Portugal sendo um país pobre só era sustentável graças às remessas enviadas pelos emigrantes do Brasil. No meio da crise política é em D. Amélia que o Rei encontra o seu apoio. O casal real começou a viver afastado, ficando D. Luís Filipe próximo do pai e D. Manuel próximo da mãe.
Conhecedora dos atrasos em Portugal, D. Amélia introduziu no País os melhores cuidados médicos; fundou o Instituto Ultramarino; o Instituto Bacteriano; faziam-se análises à água; criou o dispensário da rainha; implementou a administração de vacinas; fornecia alimentos; criou o Hospital de Arroios e o Hospital do Rego; fundou em 1899 o Instituto Nacional de Assistência aos Tuberculosos, assim como dispensários, sanatórios, lactários populares; fundou o Instituto Pasteur em Portugal e o Instituto de Socorros a Náufragos. A ela se deve também a criação do Museu dos Coches Reais. Deslocou-se a Castelo Branco para inaugurar o caminho de ferro.
A 1 de fevereiro de 1908 o Rei D. Carlos e o seu filho, o Príncipe D. Luís Filipe, foram mortos a tiro, tendo sido nomeado como sucessor D. Manuel, que não estava preparado para o cargo.
A Rainha Dona Amélia vai para Londres em 1910, com a implantação da República. Regressa a Portugal em 1945 e morre em França, em 1951.

07/10/2016
 

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