11 de janeiro de 2017

Joaquim Martins
Adeus e Obrigado, amigo Mário!

Adeus e Obrigado, amigo Mário! – Portugal está de luto. Perdeu um dos seus heróis – um Pai fundador – a quem ontem, terça-feira, prestou homenagem e honras de Estado. Merecidas. Portugal não seria o mesmo sem Mário Soares. Foi um combatente da Liberdade, da Democracia e da Paz. Um lutador incansável, tolerante e generoso. A História de Portugal registará a sua luta contra a ditadura e o colonialismo, o seu combate pela instauração da Democracia pluralista e a sua visão de uma Europa solidária e sem fronteiras. Anotará a sua ação como Primeiro Ministro e como Presidente da República, em períodos fulcrais da vida política do País.
Combateu o bom combate e esteve sempre do lado certo da barricada. Do lado da Liberdade. Da tolerância. Do respeito pelo adversário. Nem a prisão, nem a deportação, nem o exílio, nem as derrotas abalaram a sua determinação de lutar pelos seus ideais. Pelo Bem Comum! Pela Justiça! Ganhou e perdeu, saindo da luta, sempre sereno e disponível, para o combate seguinte.
A Extrema-Direita e uma parte da Direita atribui-lhe a culpa da perda do Império. Os erros da descolonização. Sem razão. Soares não conseguiu o que defendia, mas soube salvaguardar o essencial e mais tarde dará um contributo decisivo para a CPLP.
Para mim, que tive o privilégio de o acompanhar em alguns momentos, ficam duas imagens: um Político brilhante, visionário, corajoso, persuasivo, capaz de galvanizar e um Homem simples, afável e amigo capaz de gestos invulgares. Fica também o som contagiante das suas gargalhadas. Fica ainda o gesto e as palavras encorajadoras, aquando da sua visita, no Hospital de Castelo Branco, na campanha de 85.
Ontem, o Povo Português emocionou-se na despedida, e voltou a dizer Obrigado Amigo, o Povo está contigo!

11/01/2017
 

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