NO 11º ANIVERSÁRIO
Museu do Fundão religa-se à zona antiga
O Museu do Fundão comemora, sábado, a partir das 15 horas, o 11º aniversário da sua reabertura, com um conjunto de atividades que pretendem desenvolver a ligação entre o Museu e a Zona Histórica da cidade.
O diretor do Museu, Pedro Miguel Salvado, refere que “estamos no coração histórico da cidade, mas queremos que a nossa ação afirme a memória e contribua para a definição do seu futuro patrimonial. Este interesse pela patrimonialização da arquitetura contemporânea local é sempre uma tomada de consciência do seu valor conjugando-se, deste modo, várias temporalidades na cidade histórica. O Museu é sempre um gestor dos tempos do tempo anulando as amnésias e os esquecimentos. Património é herança e futuro.
O programa começa com a apresentação da obra Fundão: Externato de Santa Teresinha 1959/1961, que estuda um dos edifícios mais emblemáticos criado pelo arquiteto Pires Branco, personalidade determinante no desenvolvimento da arquitetura moderna na Beira, durante a segunda metade do Século XX. Uma conversa aberta, moderada por Pedro Salvado, com Ana Cunha, Cândida Brito, Pedro Novo, Paulo Fortunato, introduz a exposição Um Destino, Coisa simples: Uma Releitura, Patrimónios, Emoções e Interrogações. A mostra, enquadrada nas comemorações do Ano Europeu do Património Cultural, evoca algumas peças de arquitetura assinadas por nomes da arquitetura nacional como Chorão Ramalho, Alves Nogueira, António Gomez Egea ou Pires Branco.
Alcina Cerdeira, vereadora da Cultura da Câmara do Fundão, realça que “queremos que esta originalidade e qualidade do tecido urbano Fundanense seja devidamente salvaguardada e, no futuro, classificada. Somos uma terra que possui dos conjuntos mais originais e coerentes do que foi a arquitetura do Século XX na Beira. O Fundão é uma lição aberta dessa realidade e é este potencial artístico e monumental que queremos consolidar”.