Edição nº 1628 - 4 de março de 2020

PSD mantém-se firme na abolição das portagens

A Comissão Política Distrital do Partido Social Democrata (PSD) Castelo Branco afirma, em comunicado, que após saber o valor das reduções das portagens propostas pelo Governo, “a data para implementação das reduções é tardia em relação às necessidades do território. As reduções, a existir, deveriam acontecer já, porque em julho grande parte dos utilizadores locais entram de férias e o impacto da redução é nulo”, defendendo também que “se a medida está pensada para ter impacto nos utilizadores locais está mal desenhada, pois um trabalhador que trabalhe num ponto do Distrito e se desloque para outro, só terá desconto ao oitavo dia de passagem na A23. Como, em média, o mês tem 22 dias úteis, um terço do mês não sofre qualquer tipo de desconto”.
Os social democratas realçam que “as reduções propostas pelo Governo não levam em linha de consideração quem quer visitar o nosso território”, relembrando que “como bem sabemos, a tipologia turística de quem nos visita baseia-se numa estadia média de dois a três dias, os chamados short-breaks. Quem a utiliza, nunca chega a usufruir de qualquer redução na sua passagem pela A23”.
Para o PSD “o exemplo que é dado na Comunicação Social é um exemplo desfasado da realidade das nossas empresas. Como bem sabemos, uma carrinha do pão quando faz a distribuição, faz essa mesma distribuição porta-a-porta, freguesia a freguesia, tal como a maioria das pequenas e médias empresas que operam no nosso território, raramente utilizando a A23. Apenas as grandes transportadoras utilizam a A23 para circulação e não o fazem numa base diária, mas sim numa base semanal ou bissemanal. Se for assim, só irão usufruir da redução na sua última viagem”.
Já noutra perspetiva é adiantado que “não nos conformamos com o argumento orçamental utilizado pelo Governo de que esta proposta de redução é a proposta possível perante um quadro de estabilidade financeira. Se houve capacidade orçamental para baixar substancialmente o preço dos transportes públicos nas áreas metropolitanas, terá de existir essa mesma capacidade nos territórios de baixa densidade. Essa é a verdadeira coesão territorial. Não nos deixamos levar perante o argumento do coitadinho. Não somos Portugueses de segunda categoria”.
Por tudo isto o PSD realça que “defendemos a abolição de portagens na A23. Possivelmente, numa primeira fase de transição para a eliminação de portagens, a metodologia indicada poderia ser transitória”, sugerindo “ a abolição total de portagens para residentes (pessoas e empresas), incentivando a mobilidade regional; para não-residentes, aplicação de um número pré-determinado de viagens gratuitas (10 viagens mensais); implementação das reduções desde o dia 1 de abril de 2020 (em termos turísticos, existe a oportunidade de valorizar o período das férias da Páscoa, tradicionalmente forte no nosso território); preparação e discussão de propostas a incluir no Orçamento de Estado para 2021 para a abolição de portagens na A23”.

04/03/2020
 

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