Alfredo da Silva Correia
A INJUSTIÇA DA PERDA DE MANDATO E O CONCELHO DE CASTELO BRANCO
Num mero artigo de opinião fiz uma análise à perda de mandato do presidente da Câmara Municipal, verificada no concelho de Castelo Branco, com o objectivo de que os albicastrenses soubessem a verdade sobre tal INJUSTIÇA. Aconteceu que no prosseguimento da mesma, que fiz apenas no facebook, numa fase inicial, houve inúmeros albicastrenses que me dirigiram verdadeiros apoios, havendo até sugestões para que tal mensagem pudesse ser partilhada, o que acabou por acontecer e do que resultou que tenha ainda crescido o número dos que me saudaram, apoiando tal comunicação, apesar de na mesma haver um erro quando referia 1,01% quando queria dizer 10,01% e erros quem os não comete. Assim, é com gosto que, desta forma, a todos os intervenientes agradeço, as respectivas mensagens, uma vez que são tantos que me seria difícil a todos agradecer individualmente.
Sem dúvida que foram muitos os albicastrenses que compreenderam a grande INJUSTIÇA cometida e que quiseram revelar a sua indignação sobre a mesma, o que não pode deixar de ter o significado de que a grande maioria repudiou o ocorrido.
Mas, se houve muitos que o lamentaram e compreenderam o erro cometido, que não prejudicou o Município e não teve qualquer indício de corrupção, também houve alguns, poucos, que contribuíram fortemente para que tal INJUSTIÇA ocorresse no seu concelho.
De facto, ao longo do tempo em que a lei 64/1993 esteve em vigor, haveria pelo país fora inúmeros casos equivalentes e nunca a mesma foi aplicada, a não ser agora no nosso concelho, o que não pode deixar de ter o seu forte significado.
Assim, perante esta INJUSTIÇA, feita a partir de uma interpretação literal de uma lei sem se considerarem as atenuantes que tal caso tinha, como albicastrense que sempre defendeu a sua terra, não posso agora deixar de procurar fazer uma análise às causas que conduziram a que o meu concelho tenha sido alvo da mesma, bem como das suas consequências.
Procurando fazer esta análise não posso deixar de, para além dos ressabiados da política, começar por referir que entendo que para a referida INJUSTIÇA também contribuíram certos órgãos de comunicação social locais, ou por estranhamente não serem capazes de aprofundar o caso, ou por não terem interesse em que a verdade fosse devidamente esclarecida, o que não é nada construtivo.
Aliás, sobre este aspecto, até devo começar por referir que estranho muito a transcrição de uma notícia publicada no jornal Público, quando quem a retransmitiu sabia perfeitamente que não estava a transcrever toda a verdade, o que não pode deixar de significar ou um mau desempenho ou interesses ocultos.
Considero de facto tal muito estranho, pois julgo que qualquer órgão de comunicação social tem obrigação de procurar a verdade, o que não foi feito no caso concreto pois, eu até estive envolvido em tais notícias que prejudicaram a minha imagem de homem honesto e ninguém me procurou para que esclarecesse o quer que fosse, tendo até circulado em Castelo Branco, falsidades sobre a minha pessoa, do que resultou que alguns, poucos felizmente, me vissem como corrupto, o que não esqueço e não perdoo.
Aliás, até acho estranho que se tenha sido tão expedito em publicar inverdades publicadas pelo Jornal Público e não se tenha tido o mesmo comportamento relativamente a uma notícia saída no Jornal I, que tem por base a injustiça cometida, informando sobre os interesses e de quem tudo fez para que o concelho de Castelo Branco fosse alvo de tamanha injustiça e prejuízos, o que tenho dificuldades em compreender.
Na mesma esclarece-se quem poderá ter tido interesses pessoais para alcançar os respectivos objectivos, quantas vezes, ilegítimos. A verdade é como o azeite, vem sempre ao de cima e eu não esqueço que uma pessoa próxima muito experiente de vida, já falecida, dizia com muita regularidade que as injustiças se pagam sempre, ainda neste mundo e não depois da morte como muitos dizem. Vamos ver se assim será.
De facto, pode-se querer avaliar, também os prejuízos no concelho deste processo de perda de mandato, uma vez que já está mais que esclarecido que, muito embora tenha sido decidido com base numa interpretação literal de uma lei, ele é mais do que INJUSTO, pois nunca prejudicou ou beneficiou o Município, ou quem quer que fosse, ilegitimamente.
Ao pensar sobre os mesmos não posso deixar de referir os reflexos que tal processo injusto teve na imagem nacional do próprio Município, com intervenções em certos órgãos de comunicação social nacionais que geraram o achincalhamento do mesmo, a partir de um mero erro sem significado, quando o Município até é tido, a nível nacional, como um exemplo de gestão, pela sua situação económica e financeira muito confortável.
Por outro lado também se terão verificado prejuízos durante o processo, em certos desempenhos de pessoas que viveram o mesmo, como pode ter acontecido com o presidente e mesmo com certos técnicos que viveram intensamente o processo, por todos saberem tratar-se de uma injustiça.
Acresce que também se verificam prejuízos com o facto de o Município ter deixado de poder contar com os esforços de uma pessoa que, como é do conhecimento público, nunca se provou que não fosse honesto e bom gestor e que se envolvia a 100% na vida do Município, razão pela qual os próprios eleitores já o elegeram por duas vezes, com maiorias bem absolutas.
Assim, não posso deixar de concluir que quem, quase que o afirmo conscientemente, criou tais prejuízos ao Município, não pode deixar de ser penalizado pelos eleitores que não deixarão de fazer o respectivo julgamento, se os prejudicadores um dia se disponibilizarem para que os eleitores os possam julgar.
Enfim poucos, muito poucos, neste ambiente social bem negro em que vivemos, vão tendo o condão de contribuir para a criação de sociedades tipo lixeira, socialmente falando, como está a acontecer com a nossa, o que muito lamento. Que um dia a sua malvadez seja compensada é o que desejo, pelo mal que fizeram ao meu concelho.