Edição nº 1919 - 5 de novembro de 2025

LEOPOLDO RODRIGUES EMPOSSADO PARA SEGUNDO MANDATO
“Na liderança ou na oposição, todos somos necessários para ajudar o desenvolvimento de Castelo Branco”

Leopoldo Rodrigues, que foi reeleito presidente da Câmara de Castelo Branco nas eleições Autárquicas de 12 de outubro, agradeceu, esta segunda-feira, 3 de novembro, na cerimónia de tomada de posse realizada no Cine-Teatro Avenida, a “confiança que os nossos concidadãos depositaram em nós”, para garantir que “estou certo de que daremos o nosso melhor para, em conjunto, estar à altura dessa confiança”.
Leopoldo Rodrigues, início daquele que é o seu segundo mandato, defendeu de seguida que “à oposição cabe fiscalizar de forma isenta, com justiça e responsabilidade. A todos, nos nossos diferentes papéis, cabe-nos ser capazes de ter elevação no debate e capacidade de convergência naquilo que é fundamental para os interesses de Castelo Branco”.
Isto, para sublinhar que “na liderança ou na oposição, todos somos necessários para ajudar o desenvolvimento de Castelo Branco e, ao longo dos próximos quatro anos, temos muito trabalho para fazer”, para avançar que “neste mandato que se inicia, estamos em melhores condições do que estávamos em 2021 e isso permite que a nossa atuação transcenda o trabalho realizado nos quatro anos que passaram”, porque “sabemos mais, estamos melhor preparados, temos inúmeras obras no terreno, temos mais projetos que queremos lançar e muitas ideias para concretizar”.
O autarca recordou que “ao longo dos últimos quatro anos, apoiámos as famílias, apostámos na mobilidade, requalificámos o espaço público, investimos na Saúde e na Educação, demos prioridade à economia e ao investimento”. Assim, relembrou que “estamos a construir o primeiro prédio de habitação a rendas acessíveis, na Carapalha, e pretendemos iniciar a construção de mais 140 fogos na cidade e nas freguesias”. A isto acrescentou que “dentro de algum tempo, vamos inaugurar uma nova creche nas Violetas, o novo Centro de Saúde de Alcains, a requalificação da Escola dos Escalos de Baixo, a sede da Associação de Diabéticos da Beira Baixa, o Centro de Empresas Inovadoras na antiga Guarda Fiscal, o bar de apoio à Praia Fluvial de Almaceda, o Centro de Interpretação Templária no Castelo, a nova placa de estacionamento de aeronaves no Aeródromo Municipal, a estrada de Monforte, entre outros investimentos realizados ao longo dos últimos quatro anos”.
Aproveitou também a ocasião para frisar que “no último mandato concluímos ainda a revisão do Plano Geral de Organização (PGU) e está concluída ou praticamente concluída a revisão do Plano Diretor Municipal (PDM), que apenas aguarda aparecer por parte da Associação Portuguesa do Ambiente (APA), para ser levado a deliberação do Executivo e da Assembleia Municipal”. E nestes dois casos fez questão de alertar que “estes são dois documentos essenciais no que respeita ao ordenamento do território e que muito vão contribuir para projetar a cidade e o Concelho, tanto a nível de nova habitação, como a nível da instalação de novas empresas” e concluiu que “vamos continuar a elevar Castelo Branco, mas queremos transcender-nos”.
Revelou também que “para este mandato estamos a preparar projetos estruturantes que marcarão o futuro da cidade e das freguesias”, dando como exemplos “o novo Centro de Dinamização Empresarial, Cultural e Desportivo; o Pavilhão Multiusos, junto ao Parque do Barrocal; o Tribunal Central Administrativo do Centro; a criação do Parque Urbano da Quinta do Jardim, junto da Rotunda da Europa, que inclui o Centro de Ciência Viva, Uma Só Saúde e uma academia de ginástica; a conclusão da Escola de Chefes; a construção de uma nova Unidade de Saúde Familiar na Carapalha; a criação de uma nova área de localização empresarial na Feiteira, junto ao Aeródromo Municipal; apoiar a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB); a criação de novas creches, a construção de uma Unidade de Cuidados Paliativos; a criação de Centros de Longevidade e Bem-Estar em cada uma das freguesias; a reforçar o investimento e a produção de melhores condições de vida em cada uma dessas freguesias”, porque “queremos continuar a dar um novo impulso a Castelo Branco”.
Com base nisto Leopoldo Rodrigues que, no entanto, devemos também dizê-lo, sem rodeios, que existem projetos que não serão possíveis de concretizar sem decisão e o apoio do Estado Central”.
Nesta matéria garantiu que “não recuamos da nossa ambição, nem das nossas ambições relativamente ao Itinerário Complementar 31 (IC31), ao Itinerário Complementar 8 (IC8), à Barragem do Alvito e ao Tribunal Central Administrativo do Centro, em Castelo Branco”, tanto mais que “estes projetos já tinham sido dados como garantidos por Governos anteriores”, mas “hoje não aparecem contemplados com qualquer dotação no Orçamento do Estado (OE) para 2026”.
Uma situação em relação à qual afirmou que “não existe nenhum motivo para que projetos desta magnitude e importância para Castelo Branco, para a Beira Baixa e para o País, não sejam estudados e não estejam contemplados no OE. São projetos fundamentais para a nossa região e para que não fiquem para trás quero deixar-vos a garantia de que continuarei a bater-me para que os mesmos saiam do papel e se tornem uma realidade. Não admitimos a nenhum Governo, seja de que partido político for, que negará os compromissos assumidos com a nossa terra e com as nossas gentes”.
Já numa perspetiva diferente afirmou que “sabemos que não existem programas eleitorais completos, não existem ideias perfeitas e não existem formas de funcionar que não possam ser melhoradas. Por isso mesmo, é com total abertura que me apresento com a disponibilidade de trabalhar com todos os que hoje aqui tomaram posse, mas também com os que não foram eleitos, com os trabalhadores da Câmara, com os movimentos sociais, com a sociedade civil, com as associações, com todos os nossos concidadãos, porque é com essa proximidade que se constrói a força de Castelo Branco.
A política autárquica de proximidade é muito mais do que uma simples luta partidária. É um compromisso com as pessoas, com a nossa comunidade, com o desenvolvimento do nosso território e é assim que devemos encarar a nossa missão. Numa comunidade não há problemas pequenos, porque cada desafio, por mais simples que pareça, é uma oportunidade de fazer a diferença na vida de uma pessoa, de uma família, de um bairro ou de uma freguesia. É isso que nos motiva todos os dias, a certeza de que cada gesto conta e que a nossa terra, feita de realidades locais e individuais, é a nossa maior prioridade. É assim que se faz a democracia e é assim que se defende a democracia, porque a democracia não é um conceito orquestrado. Ela é o concretizar da esperança, é o materializar de aspirações que enfermam nas populações. A democracia é a qualidade de vida, é o acesso a bens e serviços fundamentais. A democracia é, acima de tudo, vivermos numa comunidade onde somos respeitados, onde somos ouvidos, onde temos oportunidades de futuro. A democracia não se esgota nas eleições. Ela não acaba, de todo, na noite eleitoral. Na realidade, a democracia começa precisamente com a eleição. No dia 12 de outubro, os Albicastrenses depositaram nas urnas a esperança e confiança no futuro. Cabe-nos agora ser dignos dessa confiança e continuar a transformar essa mesma esperança em concretizações e em realidade”.

Os novos elencos
da Câmara
e da Assembleia
Recorde-se que o Partido Socialista (PS) venceu as eleições Autárquicas de 12 de outubro, mas sem maioria absoluta. Assim, o novo executivo da Câmara, além do presidente, Leopoldo Rodrigues, inclui, também pelos socialistas, Sónia Mexia e Christelle Domingos.
Pela coligação SEMPRE Por todos, que integra o Partido Social Democrata (PSD) e o Centro Democrático Social – Partido Popular (CDS-PP), foram empossados José Augusto Alves, Jorge Pio e Margarida Duarte.
O elenco da Câmara fica completo com José Henriques, que foi eleito pela Iniciativa Liberal (IL).
Ainda antes da posse do executivo da Câmara, decorreu a tomada de posse dos 45 elementos que constituem a Assembleia Municipal. Órgão que a partir de agora é presidido Valter Lemos, pelo PS, e que tem a acompanhá-lo, na Mesa, os também socialistas Cristina Granada e Carla Costa.
Refira-se que para a presidência da Mesa da Assembleia Municipal se apresentaram duas listas, sendo uma do PS, encabeçada por Valter Lemos, e outra do SEMPRE Por Todos, encabeçada por Luís Santos. No ato eleitoral saiu vitoriosa a lista do PS, com 22 votos, sendo que a lista do SEMPRE teve 20 votos e registaram-se ainda três votos em branco.
António Tavares

05/11/2025
 

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