22 de outubro 2014

crianças desafiam
Queremos um Centro de Ciência Viva

A presidente da Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica (Agência Viva), Rosalia Vargas, foi desafiada por algumas crianças de Castelo Branco para que seja criado na cidade um Centro de Ciência Viva.
O repto foi lançado na passada quarta-feira, dia 15, no Cine-Teatro Avenida, no decorrer da palestra Um Encontro Improvável… Mais que Provável, que juntou Rosalia Vargas e Marcelo Rebelo de Sousa, tratando-se de uma iniciativa dinamizada no âmbito do projeto Diálogos… Ciência, Tradição & Cultura.
Rosalia Vargas, na resposta, afirmou que em relação ao desafio “o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) levará isso a peito e a Câmara de Castelo Branco também”, confessando que “sei que me estou a meter em trabalhos, mas não digo não a um bom projeto”.
A diretora da Agência Viva realçou ainda que “para um Centro de Ciência Viva não há um tema obrigatório. É preciso é ter vontade”.
Na abertura da palestra, o presidente do Politécnico, Carlos Maia, recordou que o Diálogos… Ciência, Tradição & Cultura é um projeto que tem o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, agradecendo igualmente o apoio disponibilizado pela Câmara de Castelo Branco, sem perder a oportunidade de elogiar o trabalho desenvolvido pela equipa da Escola Superior de Educação (ESE), Centro Ciência, Tradição & Cultura, responsável pelo desenvolvimento da iniciativa.
Apesar do projeto ainda não ter terminado, uma vez que se prolonga até dezembro, Carlos Maia adianta já que “teve a vantagem e o mérito de ter produzido algumas publicações, bem como algum material didático”.
Rosalia Vargas, na intervenção inicial, começou por revelar que gosta “muito de encontros improváveis”, para adiantar que os temas ciência, tradição e cultura “são um grande desafio, porque parecem não se unir”, para explicar que não é assim.
Destacou que “museus, sejam eles do que forem são espaços de cultura”, assim como que “quando falamos de ciência, falamos de cultura” e concluiu que “tudo o que tem a ver com a ciência, tem a ver com a curiosidade, que é uma palavra muito bonita”.
Rosalia Vargas aproveitou ainda para realçar que “um centro de ciência, um museu, são enormes centros de recursos”.
Por seu lado, Marcelo Rebelo de Sousa começou por afirmar que, “antigamente, as pessoas eram formadas para uma coisa”, dando o seu exemplo, como professor de Direito. Isto, para defender que, “as pessoas, agora, são formadas para imensas coisas ao longo da vida”.
Destacou também que “é fundamental resolver problemas”, referindo que “toda a nossa vida é feita a resolver problemas e é isso que temos que saber: resolver problemas de uma forma equilibrada”.
Outro ponto que considera importante é que as pessoas “têm que saber comunicar. Há que saber transmitir”, bem como “saber localizar no tempo e no espaço”. Uma matéria em que assegura que “tem que se conhecer o passado”, porque para “perceber o que estamos a viver e o que vamos viver, é preciso perceber, saber o que fomos”, reforçando, mais à frente, que “conhecer a história é fundamental para o presente e para o futuro”.
Marcelo Rebelo de Sousa, com base nisto, referindo-se em concreto ao Diálogos… Ciência, Tradição & Cultura afirma que “é um projeto que faz falta, porque o que está a fazer falta, no tempo em que vivemos, é a ligação entre os mais novos e os mais velhos, a ligação entre gerações”, concluindo que “a cultura é feita da tradição, mas também é feita daquilo que a ciência contribui para a cultura”.

 

19/10/2014
 

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