11 fevereiro 2015

Celeste Capelo
O que vale o NIN…

A propósito do resultado das eleições na Grécia, sugeriram-me vários ditados populares portugueses que, como todos eles, encerram “verdades como punhos”? também este um ditado popular.
“Não é branco, nem é preto”; “Estar bem com Deus e com o Diabo”…etc., todos eles contêm de certa forma a intenção, e o querer dizer que isto é pactuar com a incerteza, com a condescendência, com o talvez, com o laxismo, com o deixa andar, etc.
O tal NIN, tem sido a inspiração para os mais diversos aspetos da vida na Europa, a seguir à II Guerra Mundial. Há ainda outro aforismo português que diz “os extremos tocam-se” e, é bem aplicável à solução governativa encontrada pelos gregos. Todos sabemos que o Syriza, partido de extrema esquerda, se aliou à extrema direita, ou pelo menos à direita populista, para conseguir formar governo.
Pois como digo no início, foram os resultados das eleições na Grécia que me fizeram refletir sobre este NIN, que está a revelar e a provocar os extremismos que se avizinham.
Vejamos: a extrema direita em França está em plena ascensão e prevê-se uma forte votação em próximas eleições. Na Áustria é já uma realidade. Seguir-se-á a Espanha com o PODEMOS? E em Portugal, com o BE?
O aumento da xenofobia, do racismo, da intolerância, da violência… as ações extremistas do terrorismo islâmico que tantos jovens está a atrair, que significado poderão ter?
Tem-se vivido numa conciliação de interesses económicos, pessoais e estratégicos, sem que se tenha a coragem de “chamar os bois pelos nomes” (também um ditado popular português).
Receio que o triunfo do Syriza e dos seus aliados de extrema-direita galvanizem outros membros da EU mas, o risco maior, não está nas réplicas do Syriza em outros países do sul.
O mais importante, e o maior risco, é que, no dia em que Angela Merkel parecer que cedeu ao nacionalismo grego, nesse dia começará a ascensão do nacionalismo alemão e o declínio dos partidos europeístas da Alemanha.
Ainda se recordam? Ainda há menos e uma semana, precisamente a 27 de Janeiro, se comemoraram 70 anos de algo que não desejaria ver repetir.

11/02/2015
 

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