Até abril de 2016 no Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco
Cidade recebe o melhor da pintura modernista
Algumas das melhores obras e autores da pintura modernista portuguesa podem ser apreciadas no Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco (CCCCB), até abril do próximo ano.
Tudo, porque neste espaço cultural da cidade foi inaugurada quinta-feira a exposição Pintura Modernista na Coleção Millennium BCP, que reúne obras de Amadeu de Souza-Cardoso, Almada Negreiros, Eduardo Viana, Jorge Barradas, Carlos Carneiro, José Dominguez Alvarez, António Carneiro, Francis Smith, Bernardo Marques, Mário Eloy, Carlos Botelho, Mily Possoz, Júlio Reis Pereira, António Soares e Dordio Gomes.
O presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, no ato inaugural fez questão de “agradecer ao Millennium BCP trazer esta excelente exposição, que vem valorizar o caminho que este edifício está a fazer” e reforçou que “é, sem dúvida, uma boa exposição, com quadros e artistas de referência”.
Luís Correia destacou depois “a aposta muito grande na área cultural”, que está a ser feita pela Câmara, porque “estamos convencidos que a cultura é o principal meio para fazermos a nossa evolução enquanto comunidade”.
O autarca recordou que “o Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco faz parte dessa estratégia” e avançou que dentro do mesmo objetivo “estamos a finalizar o concurso da Fábrica da Criatividade”, que ficará instalada na antiga Sicofato, na Alameda do Cansado.
Luís Correia avançou que a meta “é Castelo Branco ser uma referência em termos artísticos”, sendo que este “é um trabalho fundamental para o nosso desenvolvimento”, ressalvando, no entanto, “que não é um trabalho de curto prazo. É de longo prazo”.
Voltando a centrar a atenção na exposição, realçou que “esta é a primeira vez que sai das grandes cidades e vem até ao Interior”, para concluir que “vem valorizar toda a Região”.
Na mesma perspetiva de valorização, considera que a mostra “também é importante na nossa aproximação e ligação a Espanha” e afirmou que “a cultura tem também este papel de servir de desenvolvimento económico, de atrair visitantes à cidade e ao Concelho”.
Luís Correia afirmou ainda que “esta é uma exposição de homenagem a Paulo Cunha e Silva”, o vereador da Cultura do Câmara do Porto, que faleceu na passada quarta-feira, dia 11, tendo o funeral decorrido quinta-feira.
Presente na inauguração o presidente da Comissão Executiva do Millennium BCP, Nuno Amado, começou por falar na história do banco e garantir que “hoje estamos melhor que no passado”, para realçar que “mesmo nos períodos de maiores dificuldades o BCP sempre apoiou a Fundação Millennium BCP e vamos continuar a fazê-lo”.
Quanto às obras patentes na mostra, destacou que “são marcantes” e defendeu que “têm que ser vistas, sair do Litoral e chegar ao Interior”, concluindo que “este local é excelente”.
Por seu lado, o presidente do Conselho de Administração da Fundação Millennium BCP, Fernando Nogueira, manifestou o “grande gosto de estar neste espaço e poder exibir uma parte significativa das obras pertencentes à Fundação”.
Fernando Nogueira recordou, de seguida, que “o modernismo surgiu no início do Século XX, em resposta ao marasmo com que o Século XIX tinha terminado” e nesta matéria relembrou, na vertente literária, “duas revistas. A Orpheu, que só publicou dois números e da qual ainda hoje se fala, e a Presença”.
Tudo, para de seguida se referir à exposição que “tem 60 quadros de 15 autores portugueses” e recuando a 1910 referiu que “aqueles que mais se destacaram foi Amadeu de Souza-Cardoso, Almada Negreiros e Eduardo Viana, que estão aqui presentes”.
António Tavares