Hortense Martins reúne com administração da ULSCB
Cortes na saúde prejudicam população
A deputada e presidente da Federação Distrital do Partido Socialista (PS) de Castelo Branco, Hortense Martins, reuniu segunda-feira, com o presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB), para auscultar as respostas de saúde na Região, nomeadamente ao nível da prestação de cuidados de saúde primários e dos serviços de urgência.
Em declarações à saída da reunião, a deputada Hortense Martins disse que o PS tem naturalmente preocupações com a área da saúde que é fundamental para os portugueses e, no caso concreto, para as populações da área de influência da ULSCB.
“Esta reunião serviu para aferirmos as questões mais prementes relacionadas com o serviço de atendimento em relação ao surto de gripe, mas também com questões que têm a ver com o serviço prestado aos nossos cidadãos no que diz respeito a todas as áreas de intervenção da ULSCB”, disse a deputada socialista.
Hortense Martins explicou ainda que a reunião serviu também para perceber quais são as carências da ULSCB e os seus planos para o futuro e qual o tipo de resposta que, no entendimento da administração, está a ser dado, sobretudo, nos cuidados primários e serviço de urgência. “Há aqui algo que para nós é fundamental: o Governo não se pode desvincular da necessidade de investimentos que têm que ser feitos e que estão relacionados com o Estado Social, em concreto, com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), e com o desenvolvimento deste projeto que é a ULSCB”, sublinhou.
A deputada e presidente da Federação de Castelo Branco do PS, disse que lhe foi comunicado pelo conselho de administração da ULSCB, que as medidas que o Governo veio anunciar, foram antecipadas em Castelo Branco, “com o reforço ou abertura dos centros de saúde durante mais horas”.
“Portanto, tudo aquilo que no fundo se veio a constatar que seriam as medidas que à partida deveriam ter sido tomadas com maior antecedência, aqui (ULSCB) foi feito”», concluiu.
Hortense Martins referiu ainda que os cortes que foram feitos na saúde prejudicam o serviço às populações e adiantou que as administrações das unidades de saúde, “têm que às vezes inventar novas formas de tentar minimizar os danos”.
“Há necessidade de investir nestas unidades para melhorar a resposta aos nossos cidadãos”, disse. Em relação à questão da atração de médicos para o Interior, a deputada do PS referiu que “têm sido divulgadas algumas medidas que são um pouco panfletárias”.
“De facto tem que haver um reforço da capacidade de resposta para essa mesma atração. Há muito que digo que se há médicos a mais em alguns locais, tem que haver forma de os recolocar onde eles efetivamente fazem falta, mas também temos que tornar estas unidades mais atrativas, para que esses profissionais possam encontrar aqui respostas técnicas. E isso, também tem a ver com as políticas que possam ser desenvolvidas, inclusivamente de não tratar da mesma forma as unidades de saúde do Interior relativamente ao Litoral”, adiantou.