Casa de Artes e Cultura do Tejo acolhe seminário ibérico sobre o Rio Tejo
A Casa de Artes e Cultura do Tejo, em Vila Velha de Ródão, acolhe, sábado, o segundo Seminário Transfronteiriço de Desenvolvimento das Comunidades Ribeirinhas do Rio Tejo.
A iniciativa reúne especialistas, investigadores, autarcas e empresários de ambos os lados da fronteira.
Com o apoio da Câmara de Vila Velha de Ródão, o Seminário é organizado pela Confraria Ibérica do Tejo, em conjunto com a Universidade Europeia e o seu Centro de Investigação Colaborativa para o Design e a Inovação Sustentável.
O presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, destaca a importância deste evento, onde será “analisada a criação do Observatório do Tejo, tendo em conta aquilo que foram as conclusões do primeiro Seminário, realizado na cidade espanhola de Cá-ceres, no ano passado”.
Por isso, os intervenientes neste encontro procurarão debater o desenho da estrutura operacional que permita desenvolver todas as ideias de projeto apresentadas.
Luís Pereira adianta que, no decorrer dos trabalhos, “serão apresentadas e debatidas as ações que se pretendem desenvolver junto das comunidades ribeirinhas do Rio Tejo, com o objetivo de se criar um plano de ação integrado, na ótica da criação de uma estratégia de eficiência coletiva nas áreas da economia, da cultura e do meio ambiente”.
O autarca revela que este Seminário procura ainda dar continuidade “aos planos de ação que foram definidos em Cáceres, no decurso dos trabalhos e das conclusões do primeiro Seminário” aí realizado e “confirmadas em Tomar, na reunião intercalar realizada no Instituto Politécnico de Tomar, em julho de 2017”.
O Seminário tem início, às 9H30, com a sessão de abertura, que contará com as presenças de Ana Abrunhosa, presidente da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional – Região Centro; Enrique Gómez, da Diputación de Toledo, e Luís Pereira, na qualidade de presidente da Câmara de Vila Velha de Rodão e de presidente do Parque Natural do Tejo Internacional. Foram ainda convidados os responsáveis pelas comissões de coordenação de desenvolvimento regional do Alentejo e de Lisboa e Vale do Tejo.
Às 10 horas decorre uma mesa redonda subordinada ao tema Definição de princípios de uma Estratégia de Eficiência Coletiva. No decorrer destes trabalhos serão apresentadas ideias-chave para a salvaguarda do meio ambiente do Tejo, por Bernardo Quintella, do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente; para o desenvolvimento cultural ribeirinho, por Luiz Oosterbeek, do Instituto Politécnico de Tomar; e para o desenvolvimento económico do Tejo, por Ana Margarida Ferreira, da Universidade Europeia.
Após uma pausa para café, ainda na parte da manhã, realiza-se o Pitch Tejo, num momento em que será apresentado um conjunto de propostas e projetos, sob a moderação de Ana Margarida Ferreira, da Universidade Europeia.
Neste período serão apresentadas ideias no âmbito ambiental, cultural e estrutural. No que respeita ao ambiente serão divulgadas as iniciativas Educação e formação especializada; Limpeza e manutenção da Ribeira de Muge; Limpeza e manutenção da Vala Real de Alpiarça (Rio Alpiaçoilo); Limpeza e manutenção da Ribei ra de Rio de Moinhos; e os peixes migradores.
Já no que respeita à área cultural, serão referidos os projetos Observatório do Tejo; Edição de Cadernos Culturais e de Livros; Centro de Interpretação das Artes do Tejo; RIU Tejo e o Atlântico; Cruzeiro religioso e cultural do Tejo; Exposição itinerante das culturas ribeirinhas do Tejo; e Recolha e restauro de embarcações tradicionais do Tejo.
Entre as 12H25 e as 13 horas serão apresentadas as propostas de âmbito estrutural, tais como a conceção, implementação e gestão de uma Estratégia de Eficiência Coletiva; Desassoreamento dos portos do arco ribeirinho da margem sul do estuário do Tejo; Assinalamento marítimo do Rio Tejo entre Vila Franca de Xira e Valada; Promoção, comunicação e marketing ribeirinho; Inventário de recursos do património natural e material do Tejo com recurso a novas tecnologias; e a comercialização de produtos tradicionais.
Após o almoço os trabalhos prosseguem com a apresentação de projetos de cariz económico, como Turismo fluvial no Alto Tejo; Cais dos Lentiscais (Rio Ponsul); Caminho do Tejo e Rota da Idanha; Cicloturismo na Beira Baixa e no Alto Alen-tejo; ou a Reabilitação do olival tradicional num concelho do Médio Tejo.
Serão ainda mostrados outras propostas económicas casos do Turismo fluvial no estuário do Tejo; Restauro e funcionalização das aldeias Avieiras; Quinta do Alqueidão – Hotel. Turismo rural e religioso; Rota turística dos Avieiros; Rota dos Mouchões; Restauro de um barco varino; O Tejo por terra, pelo rio e pelo ar; Hotel Palafítico do Escaroupim (em Salvaterra de Magos); Enoturismo - Polo cultural: Vinhos, tradição e cultura, em Benfica do Ribatejo; a construção de um barco varino (em Constância) como polo turístico e centro de interpretação; ou o projeto Rio Abaixo, Rio Acima.
A partir das 15h50 realiza-se um debate sobre o desenho da estrutura operacional que permita desenvolver todas as ideias de projeto apresentadas no encontro.
A sessão de encerramento decorre às 16h30 e será moderada pelo docente da Universidade da Extremadura, Eusebio Medina. Nesta sessão serão lidas a Carta dos Amigos do Tejo, registo de novas adesões e divulgação pública; e o resumo das conclusões do II Seminário. Será ainda divulgada a data para a assinatura de uma Carta de Compromisso.
O encontro termina com um porto de honra.