17 de janeiro de 2018

PARA MANTER VIVA A MEMÓRIA DA BEIRA BAIXA
A Canção Raiana Perdida encontra-se no Cine-Teatro Avenida

A Canção Raiana Perdida é o espetáculo de música, com sons da Beira Baixa, de Tom Hamilton, a que pode assistir sábado, a partir das 21h30, no Cine-Teatro Avenida, em Castelo Branco.
Tom Hamilton recorda que o projeto nasceu em 2014, com a Associação para o Desenvolvimento da Raia Centro Sul (ADRACES), tendo como objetivo “a recolha de música e sons do campo da Beira Baixa”. Refere que “a ADRACES fez o projeto e eu fui para o campo, procurar as raízes da música e cultura da Beira Baixa”, destacando que “descobri algumas coisas interessantes, algumas das quais estou a continuar”.
Recorda, também, que no âmbito do projeto “fui à procura de sons perdidos. Fiz a recolha de sons e músicas e dos cantores” e sublinha que “foi dada uma atenção especial aos toques dos sinos de toda a Beira Baixa”, alertando que “a maioria desses toques estão perdidos, porque, agora, o que temos são toques eletrónicos”.
No final do projeto, em dezembro de 2014, este ganhou forma, com a publicação de um livro. Volume em que são abordadas “as três áreas ligadas à música, a natureza e a ligação das pessoas à natureza”, com Tom Hamilton a explicar que, “por exemplo, o pífaro foi inventado pelos pastores, para imitarem os pássaros”.
Na obra é também abordada “a vida de Sol a Sol, que começava e acabava com o toque dos sinos”.
Mas também se fala nos artesãos, sendo, por isso, “um livro rico em escrita e em imagens”.
A materialização do projeto inclui também um filme, que “conta a mesma história do livro” e dois CDs, com composição de Tom Hamilton, com as raízes sonoras da Beira Baixa”.
No seguimento do projeto existe agora um espetáculo que “permite por tudo isto, em palco, durante uma hora e 20 minutos”. Espetáculo que é apresentado sábado, no Cine-Teatro Avenida, em Castelo Branco, depois de já ter sido apresentado na Feira Raiana, em Idanha-a-Nova, e na Feira do Lince, em Penamacor.
Tom Hamilton explica que A Canção Raiana Perdida é um espetáculo “essencialmente musical, com suporte de imagem, tendo em palco músicos. A ideia é pôr também os sons da Região com imagem e o espetáculo acaba com os sinos”.
O desenvolvimento do projeto, no entanto, não fica por aqui, uma vez que “a ideia é levar o espetáculo para fora da Região. Para mostrar a cultura, os sons, as riquezas desta zona”, garantindo que “queremos mostrar o melhor desta Região”.
Tom Hamilton avança ainda que o espetáculo “é dirigido a todo o público, para as pessoas se apaixonarem por aquilo que é daqui, até porque considera que “as coisas que estão perdidas podem ser reencontradas” e conclui que “esta é uma maneira diferente de aprender a música, os sons e a vida do campo, aqui, na Beira Baixa”.
António Tavares

17/01/2018
 

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