RECORDES DE TEMPERATURA BATIDOS EM CASTELO BRANCO
Uf, que calor abrasador
A onda de calor que se fez sentir em Portugal, entre a passada quarta-feira, 1 de agosto, e a passada segunda-feira, 6 de agosto, levou a que a exemplo do que aconteceu um pouco por todo o País, também em Castelo Branco tenham sido batidos recordes, já com algumas décadas, no que respeita tanto a temperaturas máximas, como a temperaturas mínimas, para esta altura do ano.
Com sábado a ser o dia mais quente em Portugal continental, nos últimos 18 anos, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), os valores médios da temperatura máxima, foram de 41,6 graus, e os da temperatura mínima de 23,2 graus.
Temperaturas máximas que no caso de Castelo Branco, ao longo destes dias, se situaram bem acima dos 40 graus, exigindo a opção de cuidados especais, apesar dos Beirões estarem habituados a verãos escaldantes.
Por isso, não é de estranhar que ao longo desses dias as ruas da cidade, durante as horas de mais calor, estivessem praticamente desertas, com as pessoas a resguardarem-se em casa e em locais mais frescos, sem esquecer a Piscina-Praia.
Tudo, porque, de facto, as temperaturas eram praticamente insuportáveis, tanto durante o dia, como durante a noite, neste caso devido às denominadas noites tropicais.
O pior, no entanto, eram mesmo as horas de mais calor, com alguns termómetros instalados em farmácias da cidade a acusarem uns escaldantes 50 graus, embora haja a ter em consideração o facto de se encontrarem ao Sol.
Mas esta onda de calor também ficou marcada por outro facto, ao final da tarde de sábado, quando Castelo Branco foi palco, durante cerca de 20 minutos, de chuva forte, com granizo, bem como de fortes rajadas de vento, que provocaram estragos nalgumas árvores.
As altas temperaturas também tiveram reflexo nos incêndios florestais, com o número de ocorrências a registar um crescimento um pouco por todo o Distrito de Castelo Branco.
Os fogos de maior dimensão ocorreram na passada quinta-feira, 2 de agosto, no Concelho de Castelo Branco.
À cabeça, pelos meios evolvidos, surge o incêndio no Palvarinho, para o qual foi dado o alerta às 14h58, sendo combatido por oito corpos de bombeiros, com 20 viaturas e 70 operacionais, aos quais se juntaram a Força Especial de Bombeiros (Canarinhos), com 10 viaturas e 32 operacionais, bem como a Guarda Nacional Republicana (GNR), com uma viatura e dois militares. Isto no que respeita a meios terrestre, porque quanto a meios aéreos este fogo foi combatido por quatro aviões e dois helicópteros, com 16 operacionais. Este dispositivo contou ainda com a participação da Afocelca, com um helicóptero, três viaturas e 23 operacionais.
No mesmo dia, bem próximo, em Caféde, foi dado o alerta para outro fogo, que levou para o teatro de operações sete corporações de bombeiros, com oito viaturas e 33 operacionais, a Guarda Nacional Republicana (GNR), com uma viatura e dois militares, envolvendo ainda a presença de três helicópteros, com 21 operacionais.
Agora, depois do calor extremo as temperaturas voltam aos valores médios para esta época do ano. Assim, para esta quarta-feira, 8 de agosto, a previsão para a temperatura mínima é de 16 graus e para a máxima de 34 graus. Valores que descem ligeiramente na quinta-feira, para 15 e 30 graus, respetivamente, voltando a subir, também ligeira, com a aproximação do fim de semana, pelo que para sexta-feira a previsão é de 18-33, para sábado 18-36 e para domingo 18-35.
António Tavares