Edição nº 1772 - 21 de dezembro de 2022

SERRA DA GARDUNHA
SEMPRE questiona Câmara sobre Colónia de Férias

A vereadora Ana Teresa Ferreira, do SEMPRE – Movimento Independente, solicitou ao presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, na sessão do executivo realizada na passada sexta-feira, 16 de dezembro, um ponto da situação da Colónia de Férias de Média Altitude da Serra da Gardunha, em Louriçal do Campo, que é propriedade da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB).
Na resposta, Leopoldo Rodrigues afirmou que depois de uma avaliação do imóvel “informei que, devido ao valor, a autarquia não mostrou interesse no imóvel”, ou seja, na sua compra, sendo que “discutimos o assunto no Conselho Intermunicipal da CIMBB, para levar a Colónia de Férias de média altitude a hasta pública”.
O autarca adiantou também que em relação ao edifício, que “está em muito mau estado de conservação, os serviços identificaram um protocolo de cedência do imóvel à Câmara de Castelo Branco por 50 anos, com a obrigação da Câmara de manutenção e intervenção no edifício”. Tudo para sublinhar que “durante todo este tempo a Câmara não teve qualquer intervenção no edifício” e sublinhar que “houve oportunidade da Câmara fazer um projeto, levá-lo a concurso e implementá-lo”, e concluir que “há um projeto feito, mas não se avançou”.
Perante esta intervenção, Luís Correia, do SEMPRE, fez questão de explicar que “não é um protocolo, é um contrato de arrendamento por 30 anos” que, recordou, “começou a ser tratado por Joaquim Morão e foi assinado em 2013, no meu primeiro mandato”.
Luís Correia relembrou também que para a Colónia de Férias “chegou a estar prevista a instalação de um hostel, com valência turística e social”, projeto que reavaliado “em 2019”, surgindo a possibilidade de ali ser instalado um centro de investigação da biodiversidade da Serra da Gardunha.
Tudo isto para realçar que “o projeto está feito. Passado um ano desde o início deste mandato já houve tempo mais que suficiente para lançar o concurso. Lamentavelmente não foi lançado”, o que o levou a afirmar que “estamos a prescindir de uma posição contratual forte para a Câmara”, para concluir que “não estamos a defender os interesses de Castelo Branco”.
Posição que mereceu a reação do vice-presidente da Câmara, Hélder Henriques, ao perguntar: “projeto de que ano? 2016-2017? Início do seu segundo mandato”.
Ao que Luís Correia respondeu que “em Louriçal do Campo se investiu mais de um milhão de euros”, recordando as obras realizadas na entrada da localidade e no largo, para defender que “há que priorizar investimentos”.
Posição que não demoveu Hélder Henriques, que realçou que “se podia ter feito, porque não fez?”.
António Tavares

21/12/2022
 

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