António Tavares
Editorial
A atribuição de 48 vagas para médicos à Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB) pode ser uma boa notícia para a Região no que respeita à Saúde.
Dessas 48 vagas, 14 são vagas hospitalares com incentivos, que se destinam a áreas geográficas qualificadas como carenciadas e beneficiam dos incentivos previstos na legislação em vigor, com o objetivo de atrair médicos para o Interior.
Agora há que esperar para ver quantas das vagas disponibilizas serão ocupadas, porque uma coisa é haver vagas e outra, completamente diferente, como o prova o que tem sucedido, é haver interessados em preenchê-las, uma vez que a preferência vai para o Litoral, deixando o Interior ao abandono.
Interior onde os médicos são importantes, tal como em qualquer parte do País, mas que aqui ganham uma relevância especial a partir do momento que a população é envelhecida e, como resultado disso, normalmente mais necessitada de cuidados médicos frequentes.
Mas não são só os idosos que precisam de médicos, pois também os mais novos precisam deles, nas mais variadas especialidades médicas, sendo de referir, por exemplo, a Ginecologia/Obstetrícia. É que se não houver resposta para esta área, como se pode esperar que aqui nasçam bebés, que tanta falta fazem para combater a desertificação e lutar contra a pirâmide etária invertida.
Tudo isto sem esquecer especialidades médicas nas quais a única possibilidade é recorrer as grandes centros, ou ainda os médicos de família, para que existe uma resposta rápida numa área como é a da Saúde.