EM CONFERÊNCIA DE IMPRENSA
José Augusto Alves “lamenta” vídeos de Leopoldo Rodrigues
O candidato à Câmara de Castelo Branco nas eleições Autárquicas pela coligação Sempre Por Todos, que integra o SEMPRE – Movimento Independente, o Partido Social Democrata (PSD) e o Centro Democrático Social – Partido Popular (CDS-PP), veio, em conferência de Imprensa realiza na passada segunda-feira, 23 de junho, “lamentar e denunciar a publicação de vídeos nas páginas pessoais das redes sociais, do atual presidente da Câmara de Castelo Branco, onde se confundem os limites entre o que é institucional e o que é pessoal”.
José Augusto Alves deu como exemplo que “no vídeo mais recente sobre a requalificação da Rua de Santiago, em Castelo Branco, vemos meios da Câmara, nomeadamente fornecedores e funcionários, a terem um papel ativo, sendo que um desses funcionários presta declarações”.
O candidato realçou que “esta é uma obra como outras da autarquia, que são pagas com dinheiro de todos nós, não com verbas do presidente, nem da sua candidatura. Como tal, não podem ser usados recursos afetos à obra para produzir conteúdos para páginas pessoais”.
Para José Augusto Alves “o mais preocupante é que não foi sem querer ou feito de forma ingénua”, uma vez que, realçou “o senhor presidente já no dia 26 de maio publicou um vídeo, nos mesmos moldes, onde volta a colocar um funcionário da autarquia a explicar ao pormenor as pequenas requalificações feitas em parte da Escola de São Vicente da Beira, ignorando a parte que não está requalificada e se encontra a cair de podre”.
Com base nisto sublinhou que “a lógica do vídeo repete-se. Primeiro um funcionário da Câmara, legitimado na sua função a anunciar o que foi feito ao pormenor, seguido depois do presidente Leopoldo Rodrigues a vangloriar-se da obra. Isto tudo na sua página pessoal”.
José Augusto Alves acrescentou ainda que “a 20 de maio é publicado um vídeo, em que na piscina municipal fala um fornecedor da autarquia”, concluindo que é “mais do mesmo”.
O candidato da Sempre Por Todos frisou que “sabemos que Leopoldo Rodrigues não tem muita obra relevante a apresentar e, como tal, anseia que a obra de gestão corrente que desenvolve possa ter o maior impacto possível”, admitindo que “poderá fazê-lo”, para defender que “não pode é recorrer a recursos municipais para concretizar na sua página pessoal”.
Realçou que “é inaceitável que os recursos humanos e técnicos da autarquia, sejam usados para alimentar um canal de comunicação pessoal com objetivos eleitorais”, uma vez que “esta prática representa uma utilização abusiva dos meios públicos e desrespeita o dever de isenção e separação institucional que deve existir. Aliás, parece-nos que o envolvimento dos funcionários nos vídeos propagandeados, dentro ou fora do horário laboral, mas no exercício das suas funções públicas agrava ainda mais a situação”.
Face a esta situação José Augusto Alves considera que “ou a intervenção dos funcionários resulta de uma ordem do senhor presidente da Câmara e, neste caso, o presidente Leopoldo Rodrigues não poderia destinar essa intervenção a um propósito exclusivamente pessoal, ou seja, como candidato; ou a intervenção dos funcionários foi por livre e espontânea vontade, o que no âmbito das suas funções não poderia ocorrer, por dever de imparcialidade que todos os funcionários devem ter no exercício das suas funções”.
José Augusto Alves vai mais longe ao questionar se “imaginam o ridículo, se todos os outros candidatos que se apresentem a eleições também pudessem fazer vídeos usando recursos humanos e fornecedores do município. Os funcionários a passar vários dias a participar em vídeos. Seria estranho um cenário destes, não acham”.
Assim, reiterou que “tudo isto é lamentável e exemplo claro da forma como o atual presidente da Câmara gere a autarquia. Sozinho. Pensa que tudo é dele e tem de estar ao seu serviço”, o que o leva a rematar que “exigimos transparência, igualdade e respeito pelas instituições e pelos funcionários da autarquia”, uma vez que “a Câmara de Castelo Branco é de todos, não é uma ferramenta de promoção pessoal de quem a lidera temporariamente”.
António Tavares