17 de setembro 2014

Associação de Apoio e Estudo às Psicognosis na Raia Central promove simpósio em Castelo Branco
Resposta dos serviços na área da saúde mental é ainda insuficiente

O diretor do Programa Nacional para a Saúde Mental da Direção-Geral da Saúde (DGS), Álvaro Carvalho, admitiu que a resposta dos serviços na área da saúde mental é ainda insuficiente.
“Concordo inteiramente (que a resposta é insuficiente) e tanto concordo, que um dos pontos maiores do desenvolvimento de toda a proposta, vai exatamente no sentido de aprofundar e desenvolver a articulação com os cuidados de saúde primários, isto no conceito de saúde mental”, referiu Álvaro Carvalho que se deslocou a Castelo Branco, sábado, para participar num simpósio da Associação de Apoio e Estudo às Psicognosis na Raia Central (ASPSI).
Para o responsável da DGS, aos poucos, foi sendo aceite pelos profissionais médicos que há situações, normalmente as mais frequentes, “que são perfeitamente resolúveis a nível dos cuidados de saúde primários (medicina geral e familiar), e para os especialistas, apenas devem ficar os casos mais complexos”.
“Com o desenvolvimento do conceito de saúde mental, que integra a psiquiatria e a psiquiatria infantil, mas que não se esgota nos especialistas (inclui enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais), foi sendo notório que era fundamental essa proximidade entre serviços de saúde mental e os cuidados de saúde primários”, disse.
Álvaro Carvalho explica ainda que os estudos epidemiológicos que são conhecidos internacionalmente, “mostram que as pessoas quando têm problemas de saúde mental, recorrem prioritariamente e espontaneamente aos cuidados de saúde primários”.
“Se melhorarmos a capacidade diagnóstica e terapêutica dos profissionais dos cuidados de saúde primários, temos a possibilidade de as pessoas serem melhor tratadas e mais precocemente”, disse.
E, nos casos em que o paciente é enviado para o especialista, Álvaro Carvalho sublinha que este, “deve ter uma articulação regular com os colegas da medicina geral e familiar de forma a que haja uma potenciação da intervenção”, concluiu.

CVE tem 120
mil utilizadores
Bárbara Soares, consultora de educação, cultura e tecnologia (CECT), apresentou o Centro Virtual sobre o Envelhecimento (CVE), um projeto criado para dar resposta às questões do envelhecimento na região transfronteiriça entre Portugal e Espanha e que conta já com 120 mil utilizadores.
“O centro nasce hoje, oficialmente, na versão portuguesa”, disse Bárbara Soares, consultora de educação, cultura e tecnologia (CECT), durante a apresentação do projeto, na Biblioteca Municipal de Castelo Branco.
O CVE, que arrancou em abril de 2012, numa versão em língua castelhana, dois anos depois, passou de 5.600 utilizadores e 42 mil páginas visitadas, para 120 mil utilizadores e mais de 600 mil páginas vistas em 2014.
A consultora explicou o funcionamento deste projeto cofinanciado pelo Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal 2007-2013, cujo objetivo passa por cimentar as bases para a construção de uma visão comum entre os dois países ibéricos face à sua realidade social.
Através do sítio na internet, www.cvirtual.org, os interessados podem obter todo o tipo de informação sobre boas práticas associadas a um envelhecimento de qualidade, recursos locais (com mapa relacional da zona transfronteiriça que inclui recursos direcionados para pessoas dependentes ou afetadas por alguma das manifestações do envelhecimento, para profissionais do setor sociosanitário ou para familiares), um blogue, um forum e uma base de dados.
“No fundo, pretendemos que o CVE seja também alargado aos profissionais e familiares, além dos idosos”, adiantou a consultora.
Além disso, é ainda disponibilizada “informação muito útil para quem desenvolve investigação na área”, refere Bárbara Soares.

17/09/2014
 

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