5 de julho de 2017

EM TODO O CONCELHO DE PROENÇA-A-NOVA
Câmara e GNR dinamizam ações de sensibilização sobre incêndios florestais

A Câmara de Proença-a-Nova, em parceria com a Guarda Nacional Republicana (GNR), está a realizar um conjunto de ações de sensibilização, dirigidas a toda a população, com a temática da prevenção de incêndios florestais, defesa de pessoas e bens e cuidados a ter com o uso do fogo.
A primeira ação realizou-se sábado, em São Pedro do Esteval, seguindo-se Proença-a-Nova, hoje, quarta-feira, às 21 horas, na Junta de Freguesia; Montes da Senhora, domingo, às 11 horas, no Centro Paroquial; Sobreira Formosa, domingo, às 15 horas, na Junta de Freguesia; Alvito da Beira, domingo, às 17 horas, na antiga sede da Junta de Freguesia; Corgas, segunda-feira, às 21 horas, na Associação; Atalaias, dia 11, às 21 horas, na Associação; e Peral, dia 12, às 21 horas, no Centro de Dia.
Para o presidente da Câmara, João Lobo, é fundamental que as pessoas participem neste tipo de ações para que possam conhecer os seus direitos e deveres relativamente ao que está determinado na lei quanto a limpeza de terrenos e conselhos práticos de como agir em caso de incêndio.
Realça que “os recentes acontecimentos nos concelhos vizinhos de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera vieram destacar uma realidade que, infelizmente, é de todos conhecida: o desordenamento da nossa floresta e a falta de uma gestão profissionalizada. Neste momento precisamos de coragem política para avançar com medidas que se traduzam no terreno”.
Acrescenta que “para incrementar valor e gerar riqueza para o coletivo, a gestão florestal tem que ter escala. Sendo a área média da propriedade no nosso concelho de 0,3 hectares, é imperativo fomentar áreas territoriais com dimensão para se proporcionar uma gestão efetiva do espaço florestal, profissionalizada e preventivas dos incêndios florestais. Torna-se, portanto, necessário redefinir o sentimento de posse dos terrenos, que não implica perda da sua titularidade, mas que origine uma mudança de paradigma e promova a premente gestão do espaço territorial”.
O Gabinete de Proteção Civil e Florestal do Município tem desenvolvido ações de sensibilização nos últimos anos e sempre que é solicitado, como aconteceu no dia 4 de junho com a sessão realizada no Vale de Água, a pedido da associação Pinheiro Bravo.
Foi igualmente distribuída com o recibo da água, junto de todos os consumidores do Concelho, a informação legal de que os proprietários, arrendatários ou entidades que a qualquer título detenham terrenos confinantes a edificações são obrigados a proceder à gestão de combustível numa faixa de 50 metros, sob pena de serem punidos com coima graduada de 140 a cinco mil euros, no caso de pessoas singulares, ou de 800 a 60 mil euros, no caso de pessoas coletivas. Desta forma, previne-se o risco de arderem habitações, uma vez que deixa de haver matéria combustível nas proximidades.
Durante a Fase Charlie, a mais crítica do combate aos incêndios, o dispositivo em Proença-a-Nova inclui uma máquina de rastos da Câmara, quatro equipas em vigilância e primeira intervenção com três elementos cada, numa parceria da Câmara e Juntas de Freguesia, e duas equipas em silvicultura, vigilância e primeira intervenção, com cinco elementos cada, da Associação de Produtores Florestais de Proença-a-Nova.
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Proença-a-Nova dispõe de uma equipa de intervenção permanente com cinco elementos, uma equipa logística de apoio ao combate aos incêndios com dois elementos e três equipas de combate aos incêndios com cinco elementos cada.
No Centro de Meios Aéreos das Moitas encontra-se estacionado um helicóptero de ataque inicial com uma equipa da Força Especial de Bombeiros, com cinco elementos, e dois aviões de ataque ampliado.
João Lobo refere ainda que, “infelizmente, sabemos que com condições atmosféricas adversas e com o ecossistema florestal conhecido, o dispositivo existente pode-se mostrar ainda assim, em algumas circunstâncias, incapaz de suster o avanço das chamas, como se viu nos recentes incêndios. Estes acontecimentos obrigam-nos a todos individualmente, mas com maior responsabilidade aos que têm competência política, a mudarmos a conceção do desenvolvimento do nosso espaço territorial e florestal, pugnando-se para que haja coragem política para se iniciar, de forma consolidada, uma verdadeira reforma da nossa floresta em homenagem àqueles que perderam as suas vidas”.




05/07/2017
 

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