COM SEDE EM CASTELO BRANCO
Diabéticos da Beira Baixa já têm associação
A Associação de Diabéticos da Beira Interior, criada recentemente, foi apresentada quinta-feira, por três dos seus sócios fundadores, todos eles diabéticos.
Na apresentação, José Lagiosa realçou que o objetivo da Associação “é contribuir para a problemática da diabetes na região”, de modo a se alcançarem “práticas conducentes a uma melhor qualidade de vida”.
Por seu lado, Carlos Farinha, que está indigitado para presidente da Associação, destacou que no caso dos diabéticos “depois de diagnosticados, questionamos muito, pesquisamos e temos receios, pelo que é necessário haver um acompanhamento”.
Falando com conhecimento de causa, assegura que, “primeiro, o doente tem que aceitar a própria doença e ter um bom controle dela”, para adiantar que com a Associação “pretendemos esclarecer, informar, motivas as pessoas com diabetes, mas também os familiares e cuidadores”.
Carlos Farinha frisa também que no caso da diabetes “é preciso falar para desmistificar certas questões”.
Na mesma linha, Jorge Monteiro, que é médico na Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB), no âmbito dos cuidados de saúde primários, assegura que a diabetes “é uma doença que está presente na nossa vida todos os dias”, sendo, “por vezes, uma doença escondida”, pelo que “há muito percurso a fazer, para sair da sombra, do desconhecimento por parte da população”.
Jorge Monteiro revela que no respeitante à diabetes Portugal “é abrangido de uma maneira particular, na Europa” e avança que na faixa etária dos 20 aos 79 anos “a taxa de prevalência é de 13,1 por cento, o que é manifestamente superior aos outros países europeus”, concluindo que a diabetes “é um problema por resolver, pois há um milhão de Portugueses diagnosticados”.
No caso da Beira Baixa revela que há 6.300 diabéticos e que haverá uma pequena percentagem por diagnosticar.
Jorge Monteiro alerta para “o perigo da diabetes não controlada” e destaca a importância da “educação terapêutica”, sublinhando que “é, no fundo, a pessoa ter na sua posse o controle da doença, porque não pode depender completamente da consulta médica e do médico, para saber o que tem que fazer”.
Para já a Associação de Diabéticos da Beira Baixa tem a sede provisória a funcionar num espaço cedido pela Associação Cultural e Desportiva da Carapalha, mas ambiciona “ter uma sede própria”.
De referir, ainda, que, para já, uma das metas da Associação é angariar sócios, que além de diabéticos, podem ser familiares, cuidadores ou qualquer pessoa, podendo a inscrição ser feita com qualquer dos sócios fundadores. Inscrição que não tem joia, implicando apenas o pagamento de uma quota mensal de um euro e de um valor entre três e cinco euros, de uma única vez, para receber o cartão de associado.