EXPOSIÇÃO PATENTE ATÉ DIA 28 DE MAIO NO ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT
Obra de Martins Correia relançada na cidade
É preciso muito tempo para se aprender a ser jovem (Picasso) – O Museu Martins Correia visita Castelo Branco é a exposição de desenho, pintura, escultura e cerâmica, do mestre Martins Correia que está patente, desde sábado, no antigo edifício dos CTT, no Largo da Sé, onde pode ser visitada até dia 28 de maio.
A mostra, organizada pela Câmara de Castelo Branco e pelo Museu Martins Correia, da Golegã e comissariada pela crítica de arte Maria João Fernandes, reúne mais de 100 obras, entre desenho, pintura, escultura e cerâmica, das quais faz parte um conjunto de desenhos inéditos da coleção da filha, Elsa Correia, com o tema nu.
A exposição, por escolha de Maria João Fernandes, é apresentada em cinco capítulos, que são Rostos no Tempo, O Povo de Amor Cantava, O Ciclo do Cavalo, O Poema do Corpo e O Estilo e as Formas, Síntese Plástica que segundo a comissária permitem uma visão de conjunto coerente e diversificada desta obra marcante da escultura e da arte portuguesa contemporânea e a sua releitura.
Na inauguração da mostra, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, realçou que “a cultura faz pontes, cria pontes” e garantiu que “aqui está mais um exemplo”.
Luís Correia garantiu depois que o mestre Martins Correia “é uma pessoa que diz muito ao Albicastrenses”, pelo que considera a mostra é “uma homenagem ao mestre Martins Correia, com quem a cidade tem uma forte ligação, uma vez que é ele o autor da estátua de Amato Lusitano, situada no centro da cidade e imagem identificativa de Castelo Branco”.
Pelo meio o autarca destacou também que “a Câmara da Golegã esteve disponível desde a primeira hora para colaborar” na mostra, sublinhando “a disponibilidade total, que nem sempre encontramos”.
Dirigindo-se a Elsa Correia, filha do artista, que esteve presente na inauguração, Luís Correia não perdeu a oportunidade de destacar que “mostrou uma vontade muito grande para concretizar esta exposição, que é uma homenagem ao mestre Martins Correia”.
Elsa Correia que classificou a mostra como “uma coisa fantástica”, a partir do momento que “acho que o meu pai está aqui”.
Também presente na inauguração, o presidente da Câmara da Golegã, Rui Manuel Duarte, na resposta a Luís Correia, no que respeita à colaboração na cedência das obras de Martins Correia, garantiu que “não é para nós uma perda. Perda seria para todos as pessoas que não poderiam vir conhecer a obra do mestre Martins Correia”, sublinhando a importância “do Museu sair de portas, vir ao encontro do País, das pessoas”.
Por seu lado, a comissária da exposição, afirmou que este “foi um trabalho extraordinário”, embora realizado “num espaço curtíssimo de dois ou três meses”, assegurando que “com um prazo tão curto as ideias são obrigadas a surgir”.
Maria João Fernandes avan- çou ainda que esta “foi uma das oportunidades de trabalho mais fascinantes da minha vida” e revelou que “consegui entrar numa espécie de empatia, quase mediúnica com Martins Correia. Sinto que ele me deu a mão e andou comigo ao longo da organização da mostra”.
A comissária confessou também que pela “qualidade da exposição, gostaria que fosse o relançamento nacional, para não dizer internacional, da obra do mestre Martins Correia”.