António Tavares
Editorial
Os casos de infeção por COVID-19 não param de aumentar em todo o País, atingindo valores que só tinham sido alcançados no passado mês de abril, quando se registou o grande crescimento de casos e a população estava confinada, resultado de ter sido decretado o Estado de Emergência. Foi a primeira vaga.
Agora, com o desconfinamento e o período de férias já terminado, o coronavírus volta a atacar em força e de dia para dia o número de infetados não para de crescer.
É certo que muitos dos casos surgem devido ao desconfinamento, mas muito deles também são, certamente, reflexo do período de férias de verão, no qual muitas pessoas abrandaram as precauções e deixaram caminho livre para a doença se propagar. Uma situação que com a chegada do outono registará um agravamento, até porque a par do crescimento de infeções por COVID-19, também chegará a gripe sazonal, sendo que em muitos casos, sem os devidos exames, será difícil diferenciar as duas.
Seja como for, o alerta está lançado e só não o vê quem não quer: o novo coronavírus nunca deixou de andar aí e está de regresso em força, naquela que será a segunda vaga. Por isso, mais do que nunca, para que não haja um crescimento exponencial de casos é obrigatório que todos, mas mesmo todos, se mantenham à defesa e cumpram as regras de distanciamento físico e de higienização.
Sim, tal é imprescindível, porque o País não pode voltar a confinar. A economia não aguenta, as pessoas não aguentam e se a situação que se vive já é difícil, tornar-se-á insuportável.
Seja consciencioso e proteja-se a si e aos outros. Vai ver que não custa nada.