Edição nº 1679 - 24 de fevereiro de 2021

FINANCIADO PELA COMISSÃO EUROPEIA
Projeto recria viagem entre Idanha-a-Velha e Roma, há dois mil anos

O projeto Valete vos viatores: travelling through Latin inscripcions across the Roman Empire, que liga Idanha-a-Velha a Roma através da herança epigráfica romana, foi um dos oito projetos europeus selecionado num universo de 115 candidaturas e cofinanciado num total de 311.108,07 euros, no âmbito do programa Creative Europe (Europa Criativa), promovido pela Comissão Europeia (CE).
A candidatura resultou de uma parceria entre a Universidade de Coimbra, de Portugal; a Università degli Studi di Roma La Spienza, de Itália; a Université Bordeaux-Montaigne, de França; e a Universidad de Navarra, de Espanha, que coordena o projeto.
A Câmara de Idanha-a-Nova é também um dos parceiros envolvidos, uma vez que o projeto em Portugal incidirá exclusivamente sobre a Aldeia Histórica de Idanha-a-Velha, cidade em Época Romana, e a sua extraordinária coleção epigráfica.
A partir do destaque dado às inscrições romanas, este projeto está pensado como uma viagem que liga a Lusitânia, no extremo ocidental do Império Romano, à sua capital, Roma. Os trabalhos começam este mês e decorrerão ao longo de ano e meio.
Encontra-se prevista a produção de um videojogo e de cinco audiovisuais (série de docu-mentários), bem como a organização de cursos formativos e a digitalização 3D (fotogrametria digital) de uma seleção de inscrições latinas que permitirão a referida viagem entre diversas cidades romanas.
Na Universidade de Coimbra, a responsabilidade do projeto é de Armando Redentor e de Pedro C. Carvalho, docentes da Faculdade de Letras, e na Câmara de Idanha-a-Nova será acompanhado por Adalgisa Patrícia Dias, Carla Ribeiro da Silva e José Cristóvão.
Os responsáveis pelo projeto consideram que esta “é uma excelente oportunidade para trabalhar no âmbito das Humanidades Digitais, permitindo aborda- gens inovadoras e cruzadas entre a História, os audiovisuais e as novas tecnologias, divulgando dessa forma, junto das escolas e do público em geral, a história social, política e religiosa dos lugares desse tempo”.
Consideram também que “as inscrições romanas foram um meio de comunicação muito importante, um modo de difundir a língua latina e de gerar uma cultura comum no quadro do vasto Império Romano, constituindo esse património um dos mais claros sinais de globalização há dois mil anos”. E lembram ainda que “a nossa matriz cultural, na origem, é marcadamente romana”.
Para a Câmara de Idanha-a-Nova “este projeto financiado pela Comissão Europeia é mais uma prestigiante intervenção sobre o património de Idanha-a-Velha, a par do projeto de investigação A Aldeia Histórica de Idanha-a-Velha: Cidade, Território e População na Antiguidade (Século I a.C. – XII d.C.), financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) em 233.423,90 euros, que também teve início este mês.

24/02/2021
 

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