27 de abril de 2016

João Belém
O FUTURO DA NOSSA IDENTIDADE

“ O futuro deveria preocupar-nos a todos porque é lá que teremos de viver o resto das nossas vidas “
Charles F. Kettering

Na próxima década, a população virtual do Mundo certamente ultrapassará em número a população mundial. Praticamente todas as pessoas estarão representadas de múltiplas formas online, criando as mais diferentes comunidades vibrantes e ativas de interesses interdependentes que certamente refletirão e enriquecerão o mundo em que vivemos.
Contudo e apesar de todo esse progresso há que fazer uma ressalva importante: a revolução de dados, inerente ao que atrás referi, roubar-nos-á grande parte do controlo sobre a nossa informação pessoal no espaço virtual.
Atualmente, as nossas identidades online afetam os nossos eus físicos, mas raramente os secundarizam. O que as pessoas dizem e fazem nos respetivos perfis das redes sociais pode suscitar admiração ou desconfiança, mas se repararmos a verdadeira informação mais sensível ou particular fica, na maior parte das vezes subtraída da atenção geral.
Penso que num futuro próximo cada vez mais a nossa identidade na vida quotidiana acabará por ser cada vez mais definida pelas nossas atividades e relacionamentos online. O nosso passado, cada vez mais documentado, terá influência nas nossas perspetivas e a nossa capacidade de influenciar e controlar a forma como somos vistos pelos outros diminuirá de forma radical, pois a possibilidade de alguém aceder, manipular ou partilhar partes da nossa identidade online aumentará devido à nossa cada vez maior dependência de armazenamento de dados.
Neste sentido que a industria da tecnologia empenha-se, atualmente, em descobrir meios criativos de mitigar os riscos de acesso aos nossos dados pessoais que vão desde a password, passando pela impressão digital e pela criptografia (embaralhamento da informação de forma a que possa só ser descodificada e utilizada por alguém que disponha dos adequados requisitos de verificação) que será quase universalmente adotada como a melhor solução, embora não perfeita.
Concluindo, devemos pois refletir ponderadamente sobre o assunto exposto, pois a forma com as pessoas e instituições lidarem com as preocupações da privacidade e segurança do que a plena conetividade representa determinará a maneira como nos relacionaremos num futuro próximo.

27/04/2016
 

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