18 de maio de 2016

COM MUITAS ATIVIDADES AINDA POR REALIZAR
João Roiz continua a ser recordado

As Comemorações dos 500 anos da Morte de João Roiz de Castelo Branco, organizadas pela Câmara de Castelo Branco e pela Cultura Vibra ainda vão contar com diversas atividades, como afirmou à Gazeta o poeta António Salvado.
Recorde-se que as Comemorações, dinamizadas na sequência de um repto lançado à autarquia pelo poeta António Salvado, decorreram durante o ano passado e terminaram em janeiro deste ano, mas António Salvado adianta que, por exemplo, estão para conhecer a luz do dia algumas publicações.
Assim, está já no prelo o livro João Roiz de Castelo Branco – O poeta revisto à luz da documentação existente, de Joaquim Candeias da Silva. Uma obra, que de acordo com António Salvado é “uma completíssima revisão de tudo, vida e obra, no que se refere ao poeta Albicastrense, com algumas novidades curiosíssimas como, por exemplo, os versos que na edição do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende foram cortados pela Inquisição, ou a assinatura autógrafo do autor da Cantiga Partindo-se.
Outra publicação é Poetas do Cancioneiro Geral com Ligações ao Distrito de Castelo Branco, da autoria de Manuel da Silva Castelo Branco, que é “um completíssimo estudo biográfico de algumas dezenas de poetas que desempenharam cargos relevantes na região que é o hoje o Distrito de Castelo Branco, com revelações surpreendentes relativamente à vida dos biografados”. Esta obra é um ensaio que se completa com uma exaustiva antologia desses poetas, estabelecida, organizada e anotada por António Salvado.
A estas obras há ainda a acrescentar a Antologia 100 poemas de Morrer de Amor e uma Cantiga Partindo-se. Uma antologia de homenagem a João Roiz de Castelo Branco, organizada por Gonçalo Salvado e Maria João Fernandes, com prefácio de Guilherme D’Oliveira Martins, tratando-se de uma obra “em perspetiva diacrónica, em que os poetas representados vêm do cancioneiro trovadoresco até aos nossos dias”.
Na vertente musical, António Salvado realça a realização de um concerto “com os vários intérpretes da Cantiga Partindo-se, como Amália, Vitorino e Zeca Afonso, entre outros, interpretados por cantores Albicastrenses”.
No que se refere a conferências António Salvado vai proferir duas. Uma subordinada ao tema A Cantiga Partindo-se de João Roiz de Castelo Branco e as mulheres poetas no Cancioneiro Geral e outra sobre O porquê dos cortes da Inquisição em versos de João Roiz de Castelo Branco – Uma análise ao facto.
Por realizar estão também, de acordo com António Salvado, “os recitais de poesia, no Jardim do Paço e em locais do burgo medieval de Castelo Branco”.
A isto acrescenta “a realização de murais em alguns locais da cidade, elaborados por jovens artistas e inspirados em versos de João Roiz de Castelo Branco”, bem como “a realização do Jardim João Roiz a ser edificado no espaço onde se encontram edifícios que serão demolidos, da antiga Metalúrgica, e no qual se erguerá o monumento evocativo da memória de João Roiz de Castelo Branco”.
António Tavares

18/05/2016
 

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